La Niña volta e deve influenciar o clima até 2026: veja os impactos no Brasil

Fenômeno La Niña retorna e deve alterar o regime de chuvas e temperaturas no Brasil até 2026. Saiba o que esperar em cada região

Vitor Wolff

Publicado em: 10 de outubro de 2025

4 min.
La Niña volta e deve influenciar o clima até 2026 veja os impactos no Brasil - Imagem: FreePik

La Niña volta e deve influenciar o clima até 2026 veja os impactos no Brasil - Imagem: FreePik

A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou o retorno do fenômeno La Niña, que deve permanecer ativo até o fim de 2025 ou início de 2026. O evento climático, conhecido por provocar resfriamento das águas do Oceano Pacífico, altera os padrões atmosféricos e influencia diretamente o clima em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

O que é o La Niña

O La Niña é caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central e Leste, abaixo de –0,5 °C por três trimestres consecutivos. Essa condição gera mudanças nas correntes oceânicas e nos ventos de grande altitude, afetando os regimes de chuva e temperatura global.

Segundo a NOAA, as condições do fenômeno emergiram em setembro de 2025, com a expansão das áreas de águas frias observadas no Pacífico. O La Niña é o oposto do El Niño, que provoca o aquecimento dessas mesmas águas e tende a elevar as temperaturas médias globais.

Efeitos esperados no Brasil

De acordo com o Climatempo, os impactos do La Niña variam conforme a região do país, podendo ser mais intensos em episódios prolongados.

Principais efeitos previstos:

  • Norte e Nordeste: aumento das chuvas, com risco de alagamentos e enchentes em alguns estados;
  • Centro-Oeste e Amazônia: maior risco de incêndios florestais, especialmente no Pantanal e na floresta amazônica, por causa do tempo mais seco;
  • Sul: tendência de seca prolongada, com redução significativa no volume de precipitações e temperaturas mais baixas.

Esses efeitos, no entanto, podem variar de intensidade conforme a força do fenômeno e a interação com outros sistemas atmosféricos, como frentes frias e ondas de calor.

Perspectivas até 2026

A NOAA projeta que o La Niña continue ativo pelo menos até dezembro de 2025, podendo se estender até fevereiro de 2026. Meteorologistas brasileiros reforçam que o acompanhamento contínuo é essencial para prever impactos em setores como agricultura, energia e abastecimento de água.


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