O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu uma série de investigações para apurar as graves denúncias que atingem o Detran-SC, envolvendo supostas irregularidades administrativas, casos de assédio sexual e até o desaparecimento de veículos de luxo dos pátios do órgão.
As apurações ocorrem em meio à gestão do governador Jorginho Mello (PL) e foram motivadas por uma crise interna sem precedentes. Ao menos dez servidores teriam sido exonerados após o início das denúncias.
Suspeitas de “rachadinha” e corrupção
Entre os principais pontos investigados estão indícios de prática de “rachadinha” — esquema em que servidores repassariam parte de seus salários a superiores hierárquicos. As suspeitas envolvem funcionários da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari) e servidores ligados ao alto escalão do governo estadual.
Além disso, há denúncias de irregularidades em leilões de veículos apreendidos. Relatos apontam que empresas catarinenses teriam sido prejudicadas por favorecimento a uma companhia do Rio de Janeiro. A ex-presidente da Comissão de Leilão, no entanto, nega as acusações.
As investigações também apuram casos de assédio sexual contra servidoras terceirizadas do órgão. As vítimas relataram que sofriam pressões e constrangimentos por parte de colegas, mas muitas desistiram de denunciar por medo de retaliações e perda do emprego.
Outro foco das apurações é o suposto desaparecimento de cerca de 200 veículos de luxo, entre eles modelos Mercedes, Volvo e BMW, dos pátios do Detran em Joinville, Itajaí e São José. Parte desses automóveis teria sido vistos circulando em outros estados, enquanto outros teriam sido desmontados.
De acordo com fontes internas, auditorias e registros de controle teriam sido apagados do sistema do Detran, o que dificulta o rastreamento dos veículos.
No dia 5 de outubro, o governo estadual anunciou a troca na presidência do Detran-SC. Ricardo Miranda Aversa deixou o cargo no fim de setembro, e foi substituído por Cristiano Medeiros. Durante o período de transição, o órgão foi presidido interinamente por Flávio Graff, atual secretário da Segurança Pública.
O Ministério Público deve seguir com as diligências nas próximas semanas. Até o momento, o governo estadual não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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