Quem era a “Japinha do Crime”, morta com tiro no rosto em megaoperação no Rio

Conhecida como Penélope, ela ostentava armas nas redes sociais e era considerada uma das principais mulheres do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha.

Leticia Matos

Publicado em: 30 de outubro de 2025

4 min.
Quem era a “Japinha do Crime”, morta com tiro no rosto em megaoperação no Rio. - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quem era a “Japinha do Crime”, morta com tiro no rosto em megaoperação no Rio. - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Conhecida nas redes sociais como a “Japinha do Crime”, Penélope foi morta com um tiro de fuzil no rosto durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28).

Segundo a polícia, ela era uma figura de confiança dos chefes locais do Comando Vermelho (CV) e tinha papel estratégico na proteção de rotas de fuga e defesa de pontos de venda de drogas. No momento do confronto, Penélope usava roupa camuflada, colete tático e carregava compartimentos para munições.

O corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio. Policiais afirmaram que ela resistiu à abordagem e abriu fogo contra as equipes, sendo atingida fatalmente.

Antes da morte, a “Japinha” havia ganhado notoriedade nas redes sociais. Em publicações, aparecia posando com fuzis, pistolas e trajes militares, imagens que ajudaram a consolidar sua fama de “musa do crime” — símbolo de poder e status dentro da facção.

A operação mais letal da história do Rio
A morte de Penélope aconteceu durante a Operação Contenção, considerada a mais letal já registrada no estado. O balanço oficial aponta 121 mortos, incluindo quatro policiais, e 113 prisões — 33 delas de pessoas vindas de outros estados.

A ação envolveu cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar e teve como objetivo conter o avanço territorial do Comando Vermelho, além de desmantelar bases logísticas nas comunidades.

Moradores relataram dezenas de corpos na região da Serra da Misericórdia, onde os confrontos foram mais intensos. A operação provocou o fechamento de vias, paralisação parcial do transporte público e fortes críticas de organizações civis, que cobram apuração sobre o alto número de mortes.

O governo estadual, por outro lado, classificou a ação como um “sucesso operacional”, afirmando que os alvos eram criminosos de alta periculosidade.


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