Rede Marangatu fortalece quilombolas e indígenas em SC

Projeto reúne comunidades tradicionais de Tubarão, Imbituba e Imaruí em ações de cultura e sustentabilidade

Maiquel Machado

Publicado em: 20 de agosto de 2025

3 min.

O Sul de Santa Catarina se torna cada vez mais referência em iniciativas que unem tradição, educação e preservação ambiental. A Rede Marangatu, coordenada pelo professor Rodrigo de Freitas, da Unisul, desenvolve atividades em três comunidades tradicionais: o quilombo da Taboa, em Tubarão; a comunidade pesqueira de Ibiraquera, em Imbituba; e a aldeia Guarani Tekoá Marangatu, em Imaruí. O tema foi tratado no programa Estúdio Cidade da Rádio Cidade.

O projeto, financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), incentiva a chamada ciência cidadã, envolvendo moradores no registro da sociobiodiversidade local — desde saberes sobre agricultura, plantas medicinais e pesca até práticas culturais e culinárias ancestrais. Entre as metas, está transformar esse conhecimento em material didático para escolas da região.

Segundo Júlia Baldoíno Perz, jovem pesquisadora quilombola, de apenas 20 anos, o trabalho é uma forma de dar visibilidade às tradições. “Muita gente ainda não conhece nossa história, mas estamos mostrando que nossa ancestralidade segue viva e essencial”, destacou.

Entre as ações já realizadas estão intercâmbios culturais com comunidades do Rio Grande do Sul, oficinas de cartografia social, implantação de composteiras em escolas e projetos de educação ambiental crítica, que também discutem racismo e valorização da identidade local.

O projeto segue até o fim de 2025, com previsão de novos encontros nacionais e a criação de boletins produzidos pelas próprias comunidades. Interessados em acompanhar as atividades podem acessar o perfil da Rede Marangatu no Instagram (@redemarangatu).

Confira abaixo a entrevista completa:



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