Os programas Universidade Gratuita (UG) e Fundo Estadual de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (Fumdesc), criados para custear a formação superior de estudantes carentes em Santa Catarina, estão dando o que falar. Alunos com carros de luxo, filhos de empresários e até servidores públicos estão entre os beneficiados, aponta o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC).
O alerta veio de um relatório técnico que identificou indícios de declarações falsas de renda. O documento aponta inconsistências nas informações prestadas por estudantes contemplados com bolsas integrais ou parciais em instituições vinculadas à Acafe e na rede particular.
O material foi encaminhado na última semana ao conselheiro substituto Gerson dos Santos Sicca, relator da área de educação no TCE. A análise será levada ao plenário da Corte nas próximas semanas.
Para produzir o relatório, o TCE cruzou dados próprios com os cadastros mantidos pela Secretaria de Estado da Educação (SED). O objetivo é dar mais clareza sobre o perfil socioeconômico real dos bolsistas e apoiar a revisão dos critérios de seleção para evitar distorções no uso dos recursos públicos.