Astrônomos confirmaram a descoberta de um pequeno corpo celeste que acompanha a Terra há cerca de 60 anos em sua trajetória ao redor do Sol. Batizado de 2025 PN7, o objeto foi identificado por telescópios no Havaí e chamou atenção por se mover praticamente no mesmo ritmo do planeta.
A descoberta levou muita gente a acreditar que a Terra teria ganhado uma segunda lua. No entanto, os cientistas esclarecem: o 2025 PN7 não orbita a Terra, e sim o Sol, em uma trajetória muito semelhante à do nosso planeta. Por isso, ele é considerado uma “quase-lua”, ou, tecnicamente, um “quase-satélite”.
O que se sabe sobre o 2025 PN7
O asteroide foi identificado pelo telescópio Pan-STARRS, localizado no alto do vulcão Haleakalā, no Havaí — um dos principais observatórios dedicados ao rastreamento de objetos próximos da Terra.
Com cerca de 20 a 40 metros de diâmetro, o 2025 PN7 é pequeno, mas suficiente para ser monitorado com precisão. Ele pertence ao grupo de asteroides conhecido como Arjunas, caracterizado por órbitas quase circulares e muito semelhantes à da Terra, com o mesmo tempo de rotação ao redor do Sol — aproximadamente um ano.
Essa coincidência faz com que, em determinados períodos, o asteroide pareça estar “acompanhando” o planeta, criando uma ilusão de movimento conjunto.
Uma relação temporária com a Terra
De acordo com simulações feitas por astrônomos, o 2025 PN7 segue essa configuração há cerca de seis décadas e deve permanecer próximo até 2083.
Em alguns momentos, o asteroide chega a 4 milhões de quilômetros da Terra — o equivalente a dez vezes a distância até a Lua — e em outros se afasta até 18 milhões de quilômetros.
“O 2025 PN7 é um asteroide pequeno, considerado um ‘quase satélite’ porque acompanha a Terra em seu percurso, mas orbita o Sol”, explicou o pesquisador Fernando Virgilio Roig, do Observatório Nacional. Segundo ele, esse tipo de fenômeno é raro — apenas sete objetos com comportamento semelhante foram confirmados até hoje.
Fenômeno raro e inofensivo
Apesar do nome poético, a nova “lua” não será visível a olho nu. O objeto tem magnitude 26, o que o torna perceptível apenas com telescópios potentes usados em pesquisas astronômicas.
Os cientistas também afirmam que o 2025 PN7 não representa risco para o planeta. Sua descoberta, porém, é importante para compreender melhor a dinâmica dos corpos que orbitam próximos à Terra e como essas “quase-luas” se comportam ao longo do tempo.
“Em algum momento, ele sairá dessa configuração e continuará a orbitar o Sol de forma independente”, explica Roig. “Talvez, depois de milhares de anos, volte a se tornar um quase-satélite temporário, mas isso é difícil de prever.”
Entenda o termo “quase-lua”
Para ser considerada uma lua de fato, um corpo precisa girar em torno de um planeta de forma estável — o que não ocorre com o 2025 PN7. Por isso, ele é classificado apenas como uma “quase-lua”.
O termo é usado para designar asteroides que compartilham a mesma órbita que um planeta, mantendo uma relação gravitacional temporária. Esses objetos são raros e costumam despertar grande interesse científico por ajudarem a entender os limites da influência gravitacional da Terra.
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