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Associação dos Delegados repudia fala de Neguinho sobre Operação

Justiça
Associação dos Delegados repudia falas de Neguinho sobre Operação
Foto: Arquivo / Rádio Cidade em Dia / Portal SC Todo Dia

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Associação dos Delegados repudia fala de Neguinho sobre Operação

Em áudio veiculado nas redes, prefeito diz estar sendo alvo de “perseguição”

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC) publicou nesta quarta-feira (16) uma nota de repúdio às declarações do prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, mais conhecido como Neguinho. Em um áudio veiculado em grupos de WhatsApp, o prefeito criticou os desdobramentos da Operação Maktub, que resultou em seu afastamento do cargo na última terça.

No áudio em questão, Neguinho diz estar sendo perseguido por “uma autoridade policial”, a qual seria “capitaneada pelo PL de Forquilhinha, por um deputado estadual e pelo governador do Estado [Jorginho Mello]”.

Na nota, a ADEPOL alega que as falas de Neguinho tentam desqualificar o trabalho e a conduta do delegado responsável pelas investigações da Operação Maktub, na qual o prefeito é “suspeito de irregularidades”. A Associação também se posicionou contra “qualquer tentativa de deslegitimar ações investigativas” que buscam transparência na administração pública.

Confira a nota na íntegra:

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC) manifesta, por meio desta nota, seu repúdio às recentes declarações do prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, amplamente veiculadas na mídia e em aplicativos de mensagens instantâneas.

Essas falas tentam desqualificar o trabalho e a conduta do Delegado de Polícia responsável por investigações em que o prefeito é suspeito de irregularidades.

O prefeito, alvo de duas operações — Cyperus, que investiga supostas fraudes na contratação de serviços de limpeza, e Maktub, deflagrada ontem, 15 de outubro, por suspeita de irregularidades em licitações para a construção de um ginásio poliesportivo e de um memorial, além de outros serviços —, foi afastado por determinação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Juntamente com ele, mais três servidores municipais também foram afastados.

Ressaltamos que as investigações conduzidas pelo Delegado de Polícia da Delegacia de Polícia Especializada em Combate à Corrupção (DECOR/DEIC) estão em conformidade com os princípios da legalidade e da impessoalidade, isentas de qualquer influência política e fundamentadas em evidências robustas.

Dessa maneira, a Polícia Civil de Santa Catarina, mostra que continua cumprindo o seu dever: assegurar a responsabilidade criminal, independente de quem praticou o ato.

Como entidade representativa da categoria dos Delegados de Polícia em Santa Catarina e defensora da integridade das instituições do sistema de segurança pública estadual, a ADEPOL-SC repudia veementemente qualquer tentativa de deslegitimar ações investigativas que buscam garantir a transparência e a ética na administração pública.

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