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Família do Amapá luta por filhas de vítima em Criciúma

Criciúma
Família do Amapá luta para levar netas após morte de Luiza Clara Guedes, vítima de feminicídio em Criciúma
Foto: Arquivo Pessoal

Criciúma

Família do Amapá luta por filhas de vítima em Criciúma

Família do Amapá luta na Justiça para obter a guarda das filhas de Luiza Clara Guedes, vítima de feminicídio em Criciúma

CRICIUMA

A morte brutal de Luiza Clara Guedes, de 19 anos, continua gerando comoção e mobilização em Criciúma. A jovem foi assassinada pelo companheiro no dia 13 de abril, no bairro Cristo Redentor, em um caso de feminicídio que chocou a comunidade. Luiza deixou duas filhas: uma bebê de apenas 21 dias e uma criança de quatro anos. O agressor está preso e aguarda julgamento.

Natural do Amapá, o corpo da jovem foi levado para seu estado de origem. Agora, a família de Luiza busca levar também as filhas para morar junto deles. Jadroelson Oliveira, pai da jovem, está em Criciúma com a esposa para acompanhar de perto o processo.

Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, Jadroelson expressou o desejo da família de acolher as netas. “O nosso desejo, o desejo da família, e o que é mais natural, é que as filhas dela fossem com a gente, para perto da gente, que são os frutos que ela deixou nessa terra.”

Segundo ele, as primeiras tratativas com a família do agressor indicavam um acordo para a mudança das crianças para o Amapá. “Em conversas frequentes, eles sempre diziam que tudo bem a gente levar, que estavam consternados com o que aconteceu”, relatou. Com apoio da prefeitura da cidade onde vivem, a família de Luiza chegou a adquirir as passagens aéreas para as meninas.

Entretanto, a situação mudou dias antes da viagem. “Quando marcamos a passagem e já estava tudo certo, a avó paterna foi até nós e informou que não deixaria mais as meninas viajarem, porque havia entrado com pedido de guarda delas”, lamentou Jadroelson.

Diante da negativa, a família busca agora amparo judicial para obter a tutela das crianças e levá-las para o norte do país. A ação conta com o apoio da subseção de Criciúma da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “É muito triste que essa família esteja fazendo isso conosco, depois do que o filho deles fez. Foi um crime bárbaro”, desabafou o pai de Luiza.

Jadroelson também contestou a versão inicial divulgada sobre a causa da morte da filha. “Não foi apenas um mata-leão, como todo mundo diz. Minha filha ficou em coma, sofreu muito. Ela tinha o nariz quebrado, o lábio superior deformado e muitas lesões nas costas, como se tivesse sido chicoteada. Foi monstruoso o que ela passou nas últimas horas de vida.”

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