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Mulher é condenada por mandar matar marido 18 anos após o crime em Santo Amaro da Imperatriz

Justiça
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Mulher é condenada por mandar matar marido 18 anos após o crime em Santo Amaro da Imperatriz

Decisão foi tomada no julgamento que aconteceu entre os dias 27 e 28 de novembro de 2024, com uma duração de 25 horas

 

Uma mulher foi condenada após 18 anos, em júri popular na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis. por ser responsável pelo planejamento e execução do homicídio de seu companheiro. O crime, ocorrido em 2006, foi realizado por meio de um plano arquitetado pela ré, que contratou executores para matar seu companheiro.

A mulher foi condenada por homicídio qualificado com a causa de dissimulação e recebeu uma pena de 14 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, a ser cumprida em regime fechado. A decisão foi tomada no julgamento que aconteceu entre os dias 27 e 28 de novembro de 2024, com uma duração de 25 horas. Após a sentença, a ré foi imediatamente presa, conforme a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a execução imediata da pena após condenação em júri popular, independentemente do total da pena.

O planejamento e execução do crime

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a acusada planejou o assassinato com antecedência e contratou um homem para realizar o crime, que, por sua vez, recrutou os executores. A primeira tentativa de assassinato durante o Carnaval de 2006 falhou, pois a vítima estava viajando. Porém, dias depois, o plano foi concretizado.

Na noite do crime, o homem foi até um hotel buscar a mulher, e a levou até seu restaurante, onde ela alegou precisar buscar um livro. Durante a parada nos fundos do local, os executores atacaram a vítima, derrubando-a no chão e golpeando-a com uma barra de ferro na cabeça. Já desacordado, o homem foi jogado na caçamba de sua própria caminhonete, e a mulher ordenou que o corpo fosse queimado. Ela ainda foi buscar álcool para o incêndio, e após o crime, seguiu para uma festa, agindo como se nada tivesse acontecido.

Por volta das 22h30, os executores atearam fogo no corpo da vítima dentro da carroceria da caminhonete. A acusada, que havia se distanciado do local, permaneceu em um hotel para garantir um álibi.

Processo e julgamento

Durante o processo, três dos executores já faleceram, e dois outros ainda aguardam julgamento. Um dos réus também foi levado a júri, mas foi absolvido pelos jurados devido a uma doença grave. A sentença pode ser revista em recursos futuros.

O crime inicialmente foi considerado latrocínio, roubo seguido de morte, mas após a reclassificação do Tribunal de Justiça, a motivação foi entendida como homicídio.

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