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De onde vieram os javalis de Criciúma?

Criciúma
Ilustração de javalis como os de Criciúma
Foto: Ilustração / Envato

Criciúma

De onde vieram os javalis de Criciúma?

Javalis no bairro Pinheirinho, em Criciúma, preocupam moradores. Prefeitura adota medidas para controle e segurança da população

CRICIUMA

A presença de javalis no bairro Pinheirinho, em Criciúma, tem gerado preocupação entre os moradores. O biólogo Vitor Bastos falou à Rádio Cidade em Dia sobre os riscos que esses animais representam para a população e o meio ambiente. Algumas ações foram tomadas pelo município para a remoção destes animais da área.

Vitor explicou que os animais avistados são javaporcos, uma mistura de javali europeu com porco doméstico. “Essa é uma espécie exótica que não faz parte do nosso ecossistema e traz impactos negativos tanto para a fauna nativa quanto para a agricultura local. Javalis destroem plantações e podem até predar animais silvestres, como tatus e filhotes de coati. Já houve registros de javalis atacando filhotes de veado-campeiro na Serra Catarinense”, destacou o biólogo.

Sobre a origem desses animais na região, Vitor explicou que a introdução ocorreu inicialmente no Uruguai e na Argentina para criação comercial, mas, devido à baixa demanda, muitos foram soltos. Esses animais migraram para o Rio Grande do Sul e avançaram para Santa Catarina. “Eles percorrem grandes distâncias em busca de alimento e habitat, o que facilita sua expansão para áreas como o bairro Pinheirinho”, afirmou.

Vitor também ressaltou que o desmatamento contribui para a migração desses animais. “A redução das áreas verdes obriga os javalis a buscarem alimento em regiões agrícolas e áreas urbanas, aumentando o risco de encontros com a população. O cultivo de batata, por exemplo, é bastante afetado pela presença desses animais na região. Quanto mais o desmatamento avança, maior será a presença de javalis em áreas residenciais”, alertou.

Ele enfatizou ainda a importância do controle populacional da espécie, regulamentado pelo IBAMA, mas destacou que mesmo com a caça autorizada, pequenas populações continuam a se proliferar. Vitor finalizou reforçando a necessidade de equilíbrio entre preservação ambiental e medidas de controle para proteger a fauna e a segurança da população.

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