EducaMar monitora encalhes de tartarugas e medusas

A ONG EducaMar, presidida pela bióloga Suelen Santos, está monitorando os recentes encalhes de tartarugas e medusas (águas-vivas) nas praias do extremo sul de Santa Catarina. Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, Suelen explicou que o fenômeno tem ocorrido com maior frequência nos últimos dias, especialmente na região de Araranguá, onde foram registrados vários casos.

“Esses animais acabam encalhando nas praias por diversos motivos, que incluem desde causas naturais até acidentes com redes de pesca ou embarcações,” afirmou Suelen. Segundo ela, o aquecimento das águas nesta época do ano atrai uma grande quantidade de alimentos, como medusas e caravelas, que fazem parte da dieta das tartarugas. No entanto, essa maior atividade também aumenta os riscos de acidentes.

A ONG está coletando dados sobre os encalhes, mas a identificação precisa das causas de óbito só será possível após a realização de necropsias nos animais. “Ainda não estamos realizando necropsias na nossa sede, mas em alguns meses isso será possível, o que ajudará a entender melhor as razões dessas ocorrências,” explicou a presidente da ONG.

Além de tartarugas, outros animais marinhos, como pinguins, também têm sido encontrados encalhados na região. “É um fenômeno recorrente nesta época do ano, mas que requer monitoramento e ações para minimizar os impactos,” pontuou Suelen.

A ONG EducaMar também tem intensificado ações de conscientização junto à população para reduzir a interferência humana, que é um dos fatores que afetam negativamente a fauna marinha. “É fundamental que as pessoas colaborem, evitando descartar resíduos no mar e respeitando as áreas de preservação,” alertou Suelen.