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Microplástico avança e contamina costa de SC

Meio Ambiente
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FOTO: Jeferson Baldo/Agência AL

Meio Ambiente

Microplástico avança e contamina costa de SC

Estudos conduzidos por pesquisadores da UFSC confirmaram a presença de microplásticos em organismos marinhos da costa catarinense

Estudos conduzidos por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) confirmaram a presença de microplásticos em organismos marinhos da costa catarinense. Análises realizadas em uma amostra de peixes capturados em Garopaba revelaram contaminação em 49% dos exemplares. Ostras cultivadas nas baías Norte e Sul da Ilha de Santa Catarina também apresentaram resíduos plásticos.

As informações foram divulgadas pelo engenheiro Igor Marcon Belli, do Laboratório de Pesquisas em Resíduos Sólidos (Lareso/UFSC), durante uma palestra sobre poluição marinha promovida pela Coordenadoria de Sustentabilidade e Acessibilidade da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O evento ocorreu na tarde de quinta-feira (12), no Plenarinho da Alesc.

Segundo Marcon, rios como o Itajaí e o Tubarão são responsáveis pelo transporte de microplásticos até o Oceano Atlântico. Esses resíduos acabam atingindo não apenas a costa catarinense, mas também os litorais do Paraná e do Rio Grande do Sul. O pesquisador destacou que, anualmente, são produzidas mais de 350 milhões de toneladas de plástico no mundo, das quais cerca de 0,5% acabam sendo despejadas nos oceanos — o equivalente a dois mil caminhões de lixo por dia.

Os microplásticos, definidos como partículas plásticas com menos de 5 milímetros, são considerados contaminantes emergentes, sendo encontrados tanto em ambientes aquáticos quanto terrestres. Marcon alertou que o ser humano consome, em média, 5 gramas dessas partículas por semana, por meio de alimentos e da água potável, que não consegue eliminar completamente os resíduos plásticos.

Além dos danos ambientais, como a morte de pinguins e aves marinhas, os microplásticos também têm causado preocupações à saúde pública. Já foram identificados em órgãos humanos como cérebro, útero e sangue. Para enfrentar o problema, tramita no Senado um projeto de lei que propõe medidas como a logística reversa, incentivo à reciclagem e à atuação de catadores, além de metas como reciclar 40% dos resíduos plásticos, reduzir a produção de plástico virgem e taxar o uso de embalagens plásticas.

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