Porto de Laguna pode receber grandes embarcações no futuro
Secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias explica as futuras obras no local.
Por
Matheus Machado
O total de R$ de 5 milhões destinados aos projetos que vão elaborar a dragagem do Porto de Laguna e também a remodelação do Molhes da Barra foi anunciado nesta quinta-feira (11), pelo Governo do Estado em parceria com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A reportagem do portal SCTodoDia conversou de forma exclusiva com o o secretário interino de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, que explicou as ações.
“É necessário começar por Laguna, porque a barra é um ‘gargalo’, onde afunila toda a água. Abrindo essa barra, vamos conseguir que o fluxo (do Rio Tubarão) seja mais rápido”, explica Amaral. Aliado a mudança, estão as obras que beneficiarão o Porto de Laguna.
“Vamos atender o Rio Tubarão e o Porto de Laguna com a obra. Atualmente não entram grandes embarcações lá em função da barra. Este é o primeiro projeto. O outro, mais complexo, é a remodelagem dos Molhes. Tem que fazer o estudo hidrodinâmico e a prospecção para saber se lá no fundo existem rochas para serem detonadas”, pontua Ivan.
A realidade de Laguna começar a receber as grandes embarcações no entanto, ainda estão distantes. Inicialmente, sondagens nas margens e no cais serão feitas. Ivan Amaral confirma que para que os grandes navios poderem atracar, um aprofundamento de cerca de 9 metros deve ser feito. No entanto, não é certeza que as margens do local comportem a mudança. “As margens podem começar a ruir e um reforço delas e do cais pode deixar a obra muito cara. Hoje trabalhamos na hipótese de aprofundar entre 6 e 7 metros para que atuneiros e outras embarcações pesqueiras maiores possam entrar”, destacou.
O secretário também afirma que o Termo de Referência e o Edital para dar início ao projeto estão prontos há praticamente dois anos, mas que o orçamento ainda era aguardado. “O secretário Beto Martins já havia tentado conseguir recursos do Porto de Imbituba, mas uma aprovação da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC) era necesária em Brasília (DF)”, explica Amaral.
No entanto, a Bancada do Sul através dos deputados estaduais, conseguiu pelas emendas parlamentares os referidos recursos para dar andamento aos estudos.