Meio Ambiente
Porto de São Francisco garante proteção ambiental em dragagem
O valor da dragagem é de R$ 37 milhões, custeado pela autoridade portuária; a previsão é que o trabalho demore em torno de 30 dias
A preservação da fauna marítima da Baía da Babitonga está recebendo atenção prioritária durante as obras de dragagem do canal de acesso ao Porto de São Francisco do Sul. Para garantir essa proteção, está sendo executado o Programa de Gestão Ambiental da Dragagem de Manutenção, composto por nove subprogramas. Entre eles, destacam-se o monitoramento da turbidez das águas, a supervisão ambiental das atividades de dragagem e o gerenciamento adequado de resíduos e efluentes gerados pela operação da draga.
No âmbito do Subprograma de Supervisão Ambiental, um observador especializado acompanha as operações a bordo da draga belga Galileo Galilei. O objetivo é garantir a proteção de espécies ameaçadas de extinção, como a toninha, o mero e o boto-cinza, além de preservar outras espécies marítimas e terrestres que habitam o estuário do Norte catarinense.
Os trabalhadores da draga também receberam capacitação sobre práticas sustentáveis para minimizar os impactos ambientais na região. Entre as orientações, se destacam acionar a bomba de dragagem apenas quando a ‘cabeça’ da draga estiver em contato com o fundo do mar e navegar apenas no percurso aprovado para o deslocamento da draga, além de despejar o material dragado exclusivamente na área de despejo licenciada pelo Ibama.
Para o presidente do Porto, Cleverton Vieira, essas ações refletem o compromisso do terminal com a preservação ambiental e a sustentabilidade das atividades portuárias na Baía da Babitonga. “No cotidiano de suas operações, o terminal impõe um rigoroso cumprimento da legislação e das práticas ambientais, garantindo que o desenvolvimento econômico da região seja aliado à conservação do ecossistema local.”
Os serviços de dragagem iniciaram no começo de novembro. O objetivo é restabelecer a profundidade mínima de 14 metros em todo o canal de acesso ao Complexo Portuário da Babitonga. O valor da obra é de aproximadamente R$ 37 milhões, custeados com recursos próprios da autoridade portuária, e a previsão é que o trabalho demore em torno de 30 dias.
A retirada dos sedimentos no fundo do mar está sendo realizada ao longo de todo o canal de acesso (17 km do canal interno e 5 km do canal externo). No entorno do Porto de São Francisco do Sul, a dragagem inclui a bacia de evolução, dársena e berços.
O volume de sedimentos a serem removidos, estimados em 1,2 milhão de metros cúbicos, serão colocados numa área em alto mar, determinada pelos órgãos ambientais, a 23 km do Porto de São Francisco do Sul.