Meio Ambiente
RETROSPECTIVA: Tubarão terá nova ponte e promessa de revitalização do Rio da Madre
Obra deve ser concluída em maio de 2025
Por
Matheus Machado
Já no final do ano, um investimento milionário e que deve impactar o futuro da comunidade teve início em Tubarão. Com valores que giram na casa do R$ 1,5 milhão, uma nova ponte é construída no bairro Campestre, com data prevista para entrega no dia 1º de maio de 2025. O projeto do município, mas coordenado pela Tubarão Saneamento, deve muito além de impactar a infraestrutura urbana, mudar o futuro de um dos braços do principal símbolo da cidade: o Rio da Madre.
A Tubarão Saneamento, assim como a prefeitura, tem planos para o futuro do Rio da Madre. Devido a um desnível entre o Rio Tubarão e o braço também chamado de Rio Morto, originado após a retificação do rio depois da enchente de 1974, a água do local não tem a mesma capacidade de vazão, fator que segundo os técnicos da concessionária responsável pela obra, é o motivo pelo qual a região está se degradando, e assim como o apelido do rio, está morrendo. Além disso, com o pouco escoamento, um bolsão de água que já existia, está cada vez mais cheio, logo atrás da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Campestre.
A principal intervenção, portanto, será a construção de uma ponte na Rua José Heitich. Quem passa pelo local consegue notar uma diferença entre os dois pontos do rio. A longo prazo inclusive, até mesmo problemas na estrutura da via poderiam aparecer, já que a rua está funcionando como uma espécie de barragem no momento.
Com uma ponte no local, o rio não teria nada que impedisse seu fluxo, renovando também a água que fica praticamente parada devido a interferência da Rua José Heitich. Devido ao desnível citado anteriormente, para que as águas do Rio Tubarão cheguem ao Rio Morto e movimentam o fluxo, a Tubarão Saneamento já opera uma bomba na altura da Rodovia Aggeu Medeiros para bombear e direcionar a vazão para o Rio Seco.
A importância do rio vivo
“A gente bombeia a água e quando chega no entroncamento da ponte fica represada. A água anterior apodrece, não fica boa. Perde todas as qualidades de oxigênio dissolvido, cresce a demanda bioquímica de oxigênio e então é degradada também. Precisamos liberar esse fluxo”, disse o diretor da Tubarão Saneamento, Marcelo Matos sobre, o que acontece atualmente no Rio da Madre. Além da ponte, outras obras, como limpeza de canal, limpeza das margens e maior fiscalização das pessoas que lançam efluentes indevidamente no local foram anunciadas em uma assembleia durante o mês de novembro.
De acordo com um estudo realizado, o rio foi compatível com a classe 4, a pior classificação em uma escala de 1 a 4, além de classe especial. Isso significa que a qualidade da água é considerada a mais baixa, conforme a Resolução CONAMA nº 357/2005. Tendo isso em mente, com a execução das ações, o objetivo é chegar às classes 2 e 3 ao longo do trecho do Rio Tubarão/Madre até 2042. Com o Rio Morto chegando a classe 3, por exemplo, o mesmo poderia ter uma maior utilidade para os rizicultores da região, além de poder receber a água da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).