Terra registra dia mais curto da história moderna
Rotação acelerada nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, traz desafios inéditos à cronometria global
Nesta terça-feira (22), a Terra registrou o dia mais curto do ano até agora, ao completar a rotação em cerca de 1,34 milissegundos a menos que o tempo habitual de 24 horas. A aceleração do movimento do planeta pode trazer impactos para o sistema global de medição do tempo e levanta questionamentos sobre as causas desse fenômeno.
A rotação acelerada da Terra — que ocorre de forma natural e variável — é observada com precisão por relógios atômicos sofisticados. Entre as principais possíveis causas estão processos internos do planeta, como mudanças no núcleo líquido, que podem alterar o ritmo da rotação. Além disso, o derretimento das calotas polares e a redistribuição das massas de água nos oceanos modificam o equilíbrio da Terra, influenciando seu movimento.
Essas variações, embora mínimas, podem gerar efeitos importantes para sistemas tecnológicos dependentes da precisão do tempo, como satélites, redes de comunicação e operações financeiras, que exigem sincronização exata para funcionar adequadamente. Uma tendência persistente de dias mais curtos pode até demandar a adoção de um “segundo bissexto negativo”, ajuste inédito que consistiria em retirar um segundo dos calendários oficiais para alinhá-los ao tempo real.
A comunidade científica monitora o fenômeno para entender sua origem e consequências. Apesar da aceleração, o impacto no cotidiano das pessoas é nulo, pois mudanças ocorrem em escala de milissegundos, imperceptíveis para relógios convencionais.