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Venezuela: pesquisas divergem a uma semana da eleição

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Venezuela: pesquisas divergem a uma semana da eleição

Foto: Divulgação / Redes Sociais

Venezuela: pesquisas divergem a uma semana da eleição

O atual presidente, Nicolás Maduro, concorrerá à reeleição contra nove oponentes

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As pesquisas eleitorais da Venezuela apresentam resultados divergentes sobre o pleito presidencial marcado para o próximo domingo (28). Enquanto alguns levantamentos indicam uma vitória ampla para o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, com uma margem confortável.

Institutos de pesquisa como Datincorp, Delphos e Meganálisis preveem uma vitória para Edmundo González, da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que conta com o apoio da política María Corina Machado. Ela era considerada a favorita da oposição após vencer as primárias, mas teve sua candidatura vetada devido a condenações judiciais.

Por outro lado, pesquisas realizadas pelo Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), Hinterlaces e Internacional Consulting Services (ICS) sugerem que Nicolás Maduro deve conquistar um terceiro mandato, conforme informado pela Telesur, veículo estatal venezuelano.

Luis Salas, sociólogo e economista político, comentou à Agência Brasil que as pesquisas na Venezuela historicamente favorecem o voto opositor. “Desde a chegada do chavismo ao poder, as pesquisas sempre sobrevalorizaram o voto opositor. Desde Chávez até Maduro, os principais institutos erram ao favorecer a oposição”, afirmou Salas.

A especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, destacou os problemas nas medições eleitorais venezuelanas. “As falhas nas pesquisas devem-se a três razões principais: volatilidade do eleitorado, falhas metodológicas e pseudopesquisas criadas para desinformar e servir como propaganda”, afirmou em uma rede social.

Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, reforçou a falta de confiança nas pesquisas venezuelanas. Ele apontou que, desde 2017, sete institutos de pesquisa têm sobrevalorizado o voto da oposição. “Se corrigirmos esse viés, teríamos um virtual empate técnico entre Maduro e Edmundo González”, disse Rodriguez em uma rede social.

No próximo domingo, a Venezuela irá às urnas com cerca de 21 milhões de eleitores para escolher o próximo presidente, que governará o país de 2025 a 2031. Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nove concorrentes. Esta será a primeira eleição desde 2015 em que toda a oposição decidiu participar do pleito, após anos de boicote.

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial desde 2017, imposto por países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia, que não reconheceram a legitimidade do governo Maduro. O país também atravessou uma grave crise econômica, com hiperinflação e uma queda de 75% do PIB, resultando na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde 2021, o país mostra sinais de recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, embora os salários permaneçam baixos e os serviços públicos deteriorados. Desde 2022, o embargo econômico foi parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. No entanto, denúncias de prisões de opositores e recusas de alguns candidatos a assinarem o acordo eleitoral levantam dúvidas sobre o cenário pós-votação.

Fonte: Agência Brasil

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