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Casan e vereadores discutem abastecimento em Maracajá

Criciúma
Representantes da Casan na sessão da Câmara de Vereadores de Maracajá
Foto: Gustavo Duminelli

Criciúma

Casan e vereadores discutem abastecimento em Maracajá

Vereadores de Maracajá cobram soluções para falta d’água enquanto Casan detalha investimentos e dificuldades no abastecimento

CRICIUMA

Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Maracajá, realizada nesta segunda-feira (14), o abastecimento de água no município foi o tema principal de um intenso debate, com a presença de representantes da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento). Fernando Porporatti, Superintendente Regional de Negócios Sul/Serra, e Matheus Ibagy Pacheco, gerente operacional, apresentaram os investimentos da companhia e responderam às críticas dos vereadores.

Contrato vencido: “empecilho jurídico” impede renovação

Um dos pontos centrais do debate foi a situação do contrato entre a Casan e a prefeitura, que está vencido desde 2016. Porporatti explicou que tentativas de renovação ocorreram em 2017, 2019 e 2023, mas não foram bem-sucedidas. “Em 2017 e 2019 não conseguimos avançar, e em 2023, devido a um empecilho jurídico, também não conseguimos assinar com a prefeitura. Estamos aguardando as resoluções do marco do regionalismo para saber os próximos passos”, afirmou Porporatti.

Pacheco acrescentou que a renovação do contrato depende da aprovação de uma lei de regionalização pela Assembleia Legislativa. “A renovação do contrato não depende da prefeitura ou da Casan, mas da legislação estadual”, explicou.

Casan alega investimentos em Maracajá

Apesar da ausência de um contrato formal, a Casan segue investindo em melhorias no abastecimento de água no município. Entre os projetos destacados estão:

  • Construção de um reservatório de 500 metros cúbicos (R$ 1.150.000);

  • Instalação de 1 km de adutoras (R$ 500.000);

  • Ampliação da rede de água em Paro Cedro (6,5 km);

  • Obra de ligação Maracajá-Forquilhinha (R$ 3,9 milhões);

  • Otimização de boosters (bombas de pressão).

No entanto, os vereadores não ficaram satisfeitos com os investimentos realizados até o momento, insistindo na necessidade de soluções concretas para resolver os problemas recorrentes de falta de água.

Vereadores cobram providências urgentes

O vereador Prezalino Ramos Neto foi contundente em suas críticas à Casan e ao governo do Estado, sugerindo que a empresa não se interessa por Maracajá. “Maracajá não dá lucro para a Casan, não é interessante para eles. A falta d’água é responsabilidade da Casan e do governo estadual, que têm investido muito pouco no nosso município”, afirmou Ramos Neto.

A vereadora Rosilane Dassoler da Silva, embora reconhecendo a complexidade do problema, também cobrou mais ações da companhia: “Trocar uma adutora não resolve. A Casan está propondo apenas soluções temporárias, como reservatórios que não duram mais que 16 horas. Precisamos de soluções definitivas.”

Casan reconhece dificuldades e promete solução para a falta d’água em Maracajá

Matheus admitiu que a companhia enfrenta dificuldades para realizar as obras necessárias, especialmente devido à falta de empresas qualificadas para executar os serviços. “A principal dificuldade é encontrar empresas com capacidade para executar esses serviços complexos”, explicou Pacheco.

Ele também falou sobre os esforços da Casan para minimizar os problemas de falta de água: “Instalamos um booster no Espigão da Toca para ajudar na distribuição de água nas áreas mais afetadas.”

A Casan afirmou que a construção da nova adutora Maracajá-Forquilinha, com previsão de conclusão para o final de 2025, será um avanço importante para resolver os problemas de abastecimento.

Possível audiência pública

Diante da insatisfação da população e da falta de respostas conclusivas, a Câmara de Vereadores cogita realizar uma audiência pública para esclarecer mais dúvidas. A vereadora Diane Martins Boza Pereira sugeriu a medida: “Às vezes, é de interesse da população fazer perguntas diretamente à Casan. Caso aprovada, a audiência pública seria uma oportunidade de esclarecimento.”

A Casan se mostrou receptiva à ideia, destacando a importância do diálogo com a comunidade para buscar soluções eficazes para os problemas do abastecimento de água em Maracajá.

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