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Conheça a trajetória de Vaguinho Espíndola

Política
Vagner Espíndola, prefeito eleito de Criciúma, durante entrevista sobre sua trajetória e planos para a cidade
Foto: João Savi / Rádio Cidade em Dia

Política

Conheça a trajetória de Vaguinho Espíndola

Vagner Espíndola, o prefeito eleito de Criciúma, compartilha sua trajetória de vida, desde sua infância em Siderópolis até entrar na política

O prefeito eleito de Criciúma, Vagner Espíndola, o Vaguinho (PSD) concedeu entrevista ao programa Cidade Entrevista, da Rádio Cidade em Dia, e contou a sua trajetória de vida nesta sexta-feira (11). Vaguinho nasceu em Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul. E logo criança foi para Siderópolis, onde passou a sua juventude.

Vagner perdeu o pai aos quatro anos de idade e começou aos sete anos a trabalhar como vendedor de picolés, também trabalhou vendendo torradas em jogos de Futsal. O seu primeiro emprego com carteira assinada foi em 1989, aos 15 anos, como empacotador em um supermercado de Siderópolis.

O prefeito eleito de Criciúma já trabalhou como açougueiro e ele contou como foi promovido no supermercado. “Eu ficava fascinado vendo o pessoal no açougue afiando facas e cortando carne, mas não tinha idade para trabalhar lá ainda. O açougueiro Pedro, um dia, me perguntou: “Vaguinho, quer trabalhar no açougue?” Eu respondi: “Se eu quero! Mas não conta pra minha mãe por causa das facas.” Acabei indo com eles ao matadouro de madrugada, vendo como tudo funcionava. Quando fiz 18 anos, já estava no açougue cortando bifes e fui chefe até os 21”, explica Espíndola.

Vaguinho inicia no empreendedorismo

Após 10 anos atuando no supermercado, Vagner decidiu abrir sua própria mercearia, que incluía um açougue. Aos 27 anos, já formado em Administração, foi convidado a se candidatar ao cargo de vereador, devido ao seu envolvimento com a Igreja Católica, onde participava ativamente de grupos de jovens, o que levou ao convite para a política.

Entrada na política e a relação com Clésio Salvaro

Vaguinho também falou sobre a sua primeira candidatura a vereador, em Siderópolis. “Foi uma eleição de muito aprendizado. Imagina, nós íamos nas comunidades pedir voto com o carro de som, mas sem dinheiro nem pra gasolina. Pegávamos carona no carro de som. Ah, vocês iam de carona? Sim, de carona com o carro de som. O carro parava lá, e eu e o Paulão, o Paulo Fabris, que é um grande amigo nosso. Quando a gente começa a contar as histórias dessa campanha, meu Deus, dá muitas boas risadas”, explica Espíndola.

Vaguinho também contou a história de como conheceu o prefeito Clésio Salvaro. “O Seu Carmindo nos apresentou, mas o Seu Henrique Salvaro também já tinha uma relação conosco, por conta da Sandra e do pessoal da igreja,” relembra Espíndola que posteriormente se filiou ao PSDB a convite de Clésio.

A trajetória política de Clésio Salvaro foi acompanhada de perto. “Naquela época, o Clésio já era deputado estadual, e em 2004 ele me convidou para trabalhar com ele em Florianópolis, na Assembleia Legislativa.” O ex-assessor comenta que, durante esse período, aproveitou para realizar uma pós-graduação em gerenciamento de cidades. “Trabalhei com o Clésio até 2008 na Assembleia, e nos últimos dois anos ele foi vice-presidente, o que nos deu uma visão ampla dos processos legislativos.”

Na eleição municipal de 2004, Clésio disputou pela primeira vez a prefeitura de Criciúma, mas não obteve êxito. “Eu já estava com ele nessa campanha, ajudando nos núcleos, embora o Seu Carmindo estivesse muito mais envolvido na coordenação,” relata Vaguinho. Já na campanha de 2006, para a reeleição como deputado estadual, o apoio foi mais intenso. “Foi a melhor votação dele, fizemos 21 mil votos em Criciúma. Ele já tinha uma base eleitoral forte, até mais votos do que alguns candidatos a deputado federal.”

Eleição de Salvaro em 2008 e o choque de gestão

A preparação para as eleições de 2008 já estava em andamento. “Fizemos uma pesquisa qualitativa detalhada para identificar os pontos fortes e fracos, entender o que os eleitores pensavam e ajustar as estratégias,” explica. As campanhas políticas começaram a mudar de abordagem. “Em 2004, fazíamos até boi assado nas campanhas, mas isso já não era permitido em 2008. Foi uma nova forma de fazer política, e estudamos bastante sobre gestão pública para apresentar uma proposta sólida.”

Vaguinho enfatiza a importância do conhecimento em gestão pública para a apresentação de propostas sólidas.“Começamos a estudar muito sobre gestão, por isso fiz minha pós-graduação em Gerenciamento da Cidade. Precisávamos conhecer melhor a cidade e apresentar propostas que fizessem sentido. Não bastava apenas ser candidato; era fundamental ter conteúdo e conceito,” explica Vaguinho.

Durante sua formação, o prefeito eleito foi influenciado pela estratégia do “choque de gestão,” uma abordagem moderna em administração pública. “Tive a oportunidade de passar cerca de 10 dias em Belo Horizonte, com Anastasia, que era o vice do Aécio Neves. Conheci toda a doutrina de como eles implementaram o choque de gestão, e isso foi fundamental para o nosso planejamento na eleição de 2008.”

Essa estratégia se tornou a grande bandeira de sua candidatura. “Na eleição, aplicamos exatamente o modelo que aprendemos. Criamos um comitê gestor que funcionava em um nível acima dos secretários e abaixo do prefeito.”

Vaguinho explica que o papel do comitê gestor era essencial para a condução de projetos especiais e para o controle dos gastos públicos. “Identificamos que os gastos com a folha precisavam ser reduzidos, pois a estrutura estava comprometendo os investimentos. Assim, a possibilidade de ter apenas cinco secretários começou a surgir desses estudos.”

A administração foi organizada em sistemas, como educação, economia e assistência social, cada um com suas respectivas diretorias e gerências. “Esse modelo se mantém até hoje, mostrando a eficácia da abordagem que adotamos,” finaliza Vaguinho.

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