Política
Criciúma: Guidi e Vaguinho discutem sobre prisão de Clésio
Debate entre candidatos a prefeito de Criciúma destaca a prisão de Clésio Salvaro. Candidatos discutem sobre o tema em vários momentos
A prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, foi um dos principais assuntos debatidos entre os candidatos a prefeito durante o debate promovido pela Rádio Cidade em Dia e o Portal SCTodoDia, realizado nesta segunda-feira (09). Os dois candidatos que lideram as pesquisas, Ricardo Guidi (PL) e Vaguinho Espíndola (PSD), foram os que mais se destacaram nas discussões sobre o tema.
O assunto foi inicialmente abordado por Ricardo Guidi durante uma sessão de perguntas com tema livre. Ele destacou que “as famílias criciumenses estão sendo humilhadas pelos serviços funerários da cidade, devido aos preços abusivos” e questionou a Vaguinho sobre quais medidas ele tomaria para resolver essa questão. Além disso, Guidi provocou seu adversário, perguntando: “Você acredita no Ministério Público e no Tribunal de Justiça?”
Vaguinho respondeu, falando sobre a tentativa de remover a imagem de Clésio da campanha. “Ricardo, não é sobre a urna que você tanto faz questão de falar a minha imagem, a imagem do prefeito. O medo seu é a urna do dia 6 de outubro. Vocês tentaram tirar o prefeito Clésio Salvaro das ruas, mas isso não aconteceu. A expressão e a forma de conversar do prefeito Clésio Salvaro estão presentes em todas as pessoas que não gostam de injustiça. Confio plenamente no Tribunal de Justiça e no Ministério Público do Estado de Santa Catarina. Tenho certeza de que, ao ser dado o direito à defesa do prefeito Clésio Salvaro, tudo será esclarecido”, afirmou Espíndola.
Na réplica, Ricardo Guidi comentou sobre a investigação e o número de presos na Operação Caronte. “Há quase dois anos, uma investigação do Ministério Público resultou em mais de 300 páginas de apurações e 17 pessoas presas. O prefeito não é uma vítima isolada, mas parte desse grupo. Um documento de alto sigilo foi encontrado em sua casa, o que comprova a interferência dele nas investigações, levando à sua prisão”, explicou Guidi.
Em outro momento, Vaguinho criticou uma inserção veiculada durante o Horário Eleitoral de Guidi. “Ricardo, você fez um programa ofensivo contra o Clésio Salvaro. Eu gostaria que você olhasse para aquela câmera e pedisse perdão à família do prefeito pelo que fez”, desafiou o candidato do PSD.
Guidi respondeu, ressaltando a seriedade do caso e a validade da prisão. “É muito feio tentar terceirizar a culpa e se fazer de vítima. A investigação já dura mais de dois anos e possui 300 páginas. Eu li o processo e fiquei chocado, especialmente pela situação das famílias que enfrentam grandes dores, como a perda de um ente querido. O prefeito tem o direito à defesa, e isso será feito. No entanto, se um documento de alto sigilo foi encontrado em sua casa, é um caso de polícia”, afirmou Ricardo.
Na réplica, Vaguinho lamentou a falta de pedido de desculpas por parte de Guidi. “O senhor Armelindo, Adriana e os filhos tiveram a oportunidade de se pronunciar, mas o pedido de desculpas não veio. É triste ver que, em tempos de eleição, as pessoas agem assim. Nossa proposta sempre foi alicerçada em ações transparentes. O que está acontecendo às vésperas da eleição não permitirá cura que não seja política. Mas tenham certeza: a justiça será feita, e o prefeito estará conosco em breve”, finalizou Vaguinho.
Outros candidatos também abordaram o tema durante o debate. Júlio Kaminski (PP) e Paulo Ferraresi (MDB), ambos vereadores, relataram ter recebido denúncias sobre os serviços funerários ao longo de seus mandatos e afirmaram que alertaram o prefeito sobre a situação, mas não foram ouvidos. Arlindo Rocha (PT) fez um comentário irônico, afirmando que tanto o PL quanto o PSD adotavam posturas muito semelhantes.