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De Fáveri fala sobre prisão, diz acreditar na Justiça e afirma que é candidato em Cocal

Criciúma

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De Fáveri fala sobre prisão, diz acreditar na Justiça e afirma que é candidato em Cocal

Prefeito afastado passou 29 dias no Santa Augusta e foi solto na semana passada

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Solto no dia 18 de julho, depois de 29 dias no presídio Santa Augusta de Criciúma, o prefeito afastado de Cocal do Sul Fernando de Fáveri diz ainda estar tentando assimilar tudo o que aconteceu. Ele foi preso durante a Operação Fundraising, da Polícia Civil, que investiga possíveis desvios públicos e fraudes em licitações a partir da atuação de uma empresa. Há quase uma semana em casa, ele decidiu se manifestar: falou sobre o período na prisão, disse acreditar na Justiça e reafirmou que é pré-candidato à Prefeitura.

Em entrevista a Rádio Cidade em Dia na manhã desta quinta-feira (25), De Fáveri abriu o jogo sobre como aconteceu a sua prisão, o que vivenciou enquanto esteve no Santa Augusta e como está lidando com toda a situação, já solto. Ele afirmou que a “ficha ainda não caiu”, mesmo estando em casa há seis dias.

“Fui surpreendido com a presença do GAECO [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado] na minha casa. Achei que seria uma operação referente a gestão anterior ou algo nesse sentido. Dali, fomos para a Prefeitura, muito tranquilo. Depois, de forma arbitrária, e que ainda não consigo compreender, fui para o Santa Augusta. Primeiro fui preso, para depois ter audiência de custódia. Foi incompreensível o que aconteceu, levei três dias lá dentro para entender o que estava acontecendo”, declarou Fernando.

O prefeito afastado de Cocal do Sul diz que os quatro primeiros dias foram os piores no presídio Santa Augusta. Nesse período, afirma que não conseguia entender o porquê de estar lá. Por isso, acabou não recebendo ninguém no local também. Somente depois, passou a receber visitas da esposa, advogado e líderes religiosos.

“Fui colocado em uma cela, com outras 12 pessoas. Os sons desse período me recordam a isso. Estou fazendo terapia, é muito dolorido, porque você sabe que é inocente e que está sendo acusado”, disse. “Era uma revolta. Dormi no chão, passei frio. Fome e sede não tive, porque não sentia fome lá. Emagreci 12 quilos, já de início”, completou.

O caso que o levou à prisão

O objeto de investigação da Operação Fundraising que resultou na prisão de Fernando de Fáveri diz respeito a um contrato da Prefeitura de Cocal do Sul, de R$ 48 mil, com dispensa legal de licitação, com uma empresa de Brasília. A empresa em questão, um escritório de representação, era responsável por elaborar projetos para a captura de recursos.

De acordo com o prefeito afastado, o contrato foi feito – mas não agradou a Prefeitura. O município teria tentado uma reparação financeira com a empresa assim que o acordo entre as duas partes venceu.

“Eles prestaram o serviço, mas não estavam ao nosso contento. Quando pedi ao jurídico para rever isso tudo, eu disse: ‘cancela esse contrato, não estou gostando do modus operandi dele’. Me retornaram e disseram que o contrato já havia vencido. Era um contato de menos de um ano, de R$ 6 mil por mês. Na época, pensamos em elaborar alguma coisa para tentar ressarcir o dinheiro. Eu tive o sentimento de que a empresa não era boa, mas nunca tive informações de que estavam fraudando algo”, declarou.

De Fáveri diz que está confiante que conseguirá provar a sua inocência. Ele diz que está disposto a colaborar com as investigações e apresentar os documentos requisitados. “Essa Justiça que está me acusando é a mesma que vai me inocentar”, disse. “Eu confio na Justiça, ela vai mostrar que sou inocente”, completou.

Fernando confirma que vai concorrer às eleições

Atualmente, De Fáveri está impedido de pisar na Prefeitura de Cocal do Sul – por conta de restrições do processo de investigação. No entanto, afirma que é pré-candidato a prefeito e que, inclusive, já tratou sobre o assunto com o seu partido, o MDB.

“Sou pré-candidato. Até teve uma reunião ali em casa da nossa executiva, com os pré-candidatos a vereadores e o presidente estadual do nosso partido e nossos deputados, que foram pedir para que eu fosse para a eleição”, disse.

Confira a entrevista na íntegra na Rádio Cidade em Dia:

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