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De TikTok a WhatsApp: poder e riscos das redes sociais nas eleições 2024

Política

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De TikTok a WhatsApp: poder e riscos das redes sociais nas eleições 2024

Imagem: reprodução/SCTodoDia - Advogada e especialista em mídias sociais explicam como a estratégia digital evoluiu

De TikTok a WhatsApp: poder e riscos das redes sociais nas eleições 2024

Especialistas explicam como a estratégia digital evoluiu e o que isso significa para o futuro das campanhas políticas.

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Com vídeos curtos, memes, e até fake news, as campanhas se adaptaram à velocidade das novas mídias. Mas, enquanto as grandes cidades abraçam a inovação, em municípios menores, o uso das redes continua sendo uma faca de dois gumes. Especialistas explicam como a estratégia digital evoluiu e o que isso significa para o futuro das campanhas políticas.

As eleições de 2024 mostraram que estar nas redes sociais não é mais um diferencial — é essencial. De TikTok a WhatsApp, os candidatos investiram pesado em conteúdo criativo e segmentado para engajar eleitores que buscam informação com rapidez.

A advogada Gabriela Schelp, especialista em direito eleitoral, percebe uma diferença gritante no uso das redes entre grandes cidades e pequenos municípios. “Nas cidades grandes, vimos um cuidado maior com o que era postado. As pessoas têm mais medo de penalidades, principalmente com fake news”, afirma Gabriela.

Ela explica que, nas metrópoles, as redes sociais foram usadas para reforçar o horário eleitoral gratuito. “Muitos eleitores preferiram acompanhar os conteúdos oficiais nas redes, em vez de assistir à TV.

Os memes e críticas também rolaram soltos, mas desde que não houvesse ofensa ou mentira, estava tudo dentro da lei”, explica. O resultado? Mais conexão com o público e uma comunicação ágil e direta.

Mas em cidades menores, o cenário foi outro. “No interior, vimos um uso mais agressivo, especialmente no WhatsApp. Teve de tudo: fake news, ataques pessoais, e até ameaças. Como se as regras não valessem”, aponta Gabriela. Nessas regiões, a falta de fiscalização mais rigorosa fez com que as redes se tornassem um campo minado de desinformação.

A evolução da estratégia digital

O especialista em redes sociais e sócio da Ápice Comunicação, Lucas Borges, explica como as campanhas souberam se adaptar aos novos tempos. “Hoje, ninguém tem tempo pra vídeos longos. As campanhas que souberam transformar discursos em vídeos curtos e dinâmicos, especialmente no TikTok e Instagram, saíram na frente”, aponta Lucas.

Um exemplo claro disso foram os debates eleitorais, segundo ele. “Em Criciúma, tivemos 17 debates, muitos com mais de três horas. Quem vai assistir tudo isso? Mas os recortes dos melhores momentos bombaram nas redes sociais, atingindo mais eleitores de forma rápida e eficaz”, comenta Lucas. Para ele, a chave do sucesso foi saber criar conteúdos específicos para cada plataforma e público..

Fake news: o risco continua

Apesar da evolução digital, um velho problema continua: as fake news. “Em 2024, vimos muitas tentativas de desinformação, mas o público está mais esperto. As fake news se voltaram contra quem as criou. Em Criciúma, por exemplo, todas foram rapidamente desmascaradas”, afirma Lucas.

Por outro lado, a advogada Gabriela Schelp alerta que em cidades menores as fake news ainda causam estragos. “Lugares com menos acesso à justiça acabam sofrendo mais com essa desinformação. O impacto é maior e mais difícil de combater”, explica.

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