Defesa confirma duas hérnias e pede cirurgia urgente para Bolsonaro

Segundo a defesa, os profissionais de saúde recomendaram intervenção cirúrgica como única forma de tratamento definitivo.

Eduardo Fogaça

Publicado em: 15 de dezembro de 2025

5 min.
Defesa confirma duas hérnias e pede cirurgia urgente para Bolsonaro. Foto: Divulgação/AFP

Defesa confirma duas hérnias e pede cirurgia urgente para Bolsonaro. Foto: Divulgação/AFP

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou neste domingo (14) que exames de ultrassonografia confirmaram a existência de duas hérnias inguinais no político e que irá reforçar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para a realização de cirurgia em caráter de urgência.

O exame foi realizado nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro está preso, e conduzido pela própria equipe médica do ex-presidente. A autorização para a realização do procedimento partiu do ministro Alexandre de Moraes, no sábado (13), após solicitação da defesa apresentada na quinta-feira (11).

Exames confirmam necessidade de cirurgia

De acordo com publicação feita por um dos advogados de Bolsonaro em rede social, os médicos identificaram duas hérnias inguinais — uma condição em que tecidos do abdômen atravessam um ponto frágil da musculatura da região da virilha, formando um abaulamento. Quando ocorre nos dois lados, o quadro é classificado como bilateral.

Segundo a defesa, os profissionais de saúde recomendaram intervenção cirúrgica como única forma de tratamento definitivo. “Os exames identificaram duas hérnias inguinais, e os médicos recomendaram que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico”, informou o advogado.

Perícia médica determinada pelo STF

Além da autorização para o exame, Alexandre de Moraes também determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica própria para avaliar a real necessidade da cirurgia. Na decisão, o ministro destacou que os exames apresentados anteriormente pela defesa tinham mais de três meses e questionou a atualidade dos laudos.

No pedido encaminhado ao STF, os advogados argumentaram que a ultrassonografia é um procedimento não invasivo, rápido e que poderia ser realizado no próprio local de custódia, garantindo agilidade na análise pericial.

Relatório aponta agravamento do quadro

A defesa também anexou um relatório médico ao pedido, indicando que Bolsonaro tem apresentado dores e desconforto na região inguinal, agravados por crises recorrentes de soluços, que aumentam a pressão abdominal.

Segundo os advogados, os episódios já teriam provocado falta de ar e até síncope, caracterizando risco de descompensação súbita. “O quadro exige intervenção cirúrgica sob anestesia geral”, afirmaram os médicos no documento.

Situação jurídica

Jair Bolsonaro está preso desde 25 de novembro, cumprindo pena após condenação pelo STF por liderar uma organização criminosa acusada de tramar uma tentativa de golpe de Estado. A defesa sustenta que houve novas intercorrências médicas e pede que o Supremo analise com urgência o estado de saúde do ex-presidente.


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