Política
Eleição pegando fogo em Balneário Camboriú
Agente da Guarda Municipal de Balneário Camboriú denuncia secretário Castanheira por ameaça e coação de origem política; caso gerou BO
O agente Euclides Kirsten, da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, registrou, nesta quinta-feira (3), um Boletim de Ocorrência de ameaça e coação contra seu superior, o secretário municipal de segurança de Balneário Camboriú, Gabriel Castanheira.
O caso foi trazido à tona pelo portal do Jornal Página 3, que apurou que o episódio teria sido decorrente das suspeitas do envolvimento da Guarda Municipal numa abordagem “armada” contra o lobista Glauco Piai, para beneficiar a candidatura de Peeter Lee Grando (PL) e prejudicar Leonel Pavan (PSD), candidato a prefeito em Camboriú, e Juliana Pavan (PSD), candidata a prefeita em Balneário Camboriú.
No depoimento de Euclides, registrado em BO na Polícia Civil de Balneário Camboriú, entre outras coisas, que ele foi chamado pelo secretário, acusado de ter vazado informações da ocorrência que prendeu um homem com dinheiro vivo ligado à família Pavan, além de outras acusações.
Leia o conteúdo do BO levantado pelo Página 3 na íntegra:
Relato Individual: No dia 03/10/2024 eu Euclides Kirsten estava em meu serviço ordinário, quando por volta de 18:30 a supervisora do dia me comunicou que eu deveria ir com ela até o posto da 4a Av com a Rua 1542 pois o secretário de segurança queria conversar comigo. Chegando no local ele já me aguardava junto de outros homens que posteriormente soube que eram amigos dele do Paraná.
Quando fui falar com ele, o secretário já com tom alterado gritou comigo dizendo que eu deveria escolher um lado, que ou eu estava com ele ou contra ele. Eu perguntei se eu teria escolha disso? Pois eu sou neutro. Quando ele começou a me acusar de ter vazado as informações de uma ocorrência onde prendemos um homem com dinheiro por ter recebido uma denuncia do Núcleo de Inteligência que o veículo dele estava envolvido em um roubo em Brusque.
Eu disse que não falei nada mas também não via problema pois não tinha feito nada de errado.
Foi quando seus amigos me cercaram querendo me coagir e ele falou que se eu falasse algo e fez um sinal de faca passando no pescoço.
Eu falei que não tinha medo dele e que só falaria a verdade. Pois se ele fez alguma armação política eu não tinha nada a ver. Foi quando ele me falou que se eu optasse por isso iria lidar com as consequências pois tudo o que atingisse ele, ele iria eliminar.
Vendo que a conversa não era amigável eu encerrei por ali e fui embora. Então vim até essa central de plantão policial registrar para preservar minha integridade.
Outras Informações: O comunicante assume inteira responsabilidade pelas informações prestadas no relato deste registro e declara estar ciente de que a falsidade no transcrito acima implicará nas penalidades cabíveis, previstas no Art. 299 do Código Penal.