‘Empresas abrem e logo firmam contrato com a Prefeitura’, diz vereador de Forquilhinha

Deflagrada na manhã desta terça-feira, a Operação Cyperus mexeu com a política de Forquilhinha. O Paço Municipal foi palco de mandados de busca e apreensão que tiveram como alvo uma empresa responsável pela prestação de serviço de limpeza ao município. O fato resultou em outras denúncias, a exemplo de uma levantada pelo vereador Marcos Macedo (PDT), que aponta para uma tônica supostamente recorrente na cidade: empresas que abrem e logo em seguida firmam contrato com o executivo.

Macedo foi inicialmente citado pelo prefeito de Forquilhinha, Neguinho (PSD), como um dos vereadores responsáveis pela denúncia que culminou na operação desta terça-feira. Ele afirma, no entanto, que não esteve entre os legisladores que assinaram a manifestação em 2021, época que fazia parte da base do governo municipal.

“Não fui denunciante. Nesse caso, em específico, não”, disse. “O prefeito quer criar uma narrativa e achar culpados, dizendo que os vereadores são inimigos de Forquilhinha. Mas estamos ali para fazer o nosso papel de fiscalizador”, completou, em entrevista à Rádio Cidade em Dia.

A Polícia Civil alega que a empresa que presta serviço de limpeza a Forquilhinha seria “de fachada” por não possuir uma sede física. Além disso, afirma que um ex-servidor municipal teria mantido um laranja no empreendimento na época em que este venceu o edital. Nesse contexto, Macedo levanta a denúncia de que seria comum, no atual governo, empresas abrirem e logo em seguida firmarem contratos com a Prefeitura.

“Foi uma praxe recorrente em Forquilhinha logo após a vitória da atual gestão que algumas empresas foram abertas e, logo, firmaram contratos e convênios com a Prefeitura. Essa [a investigada] foi uma delas, e isso foi o que nos causou estranheza. Quando ela ganhou essa licitação, e existe mais de um contrato vigente, não tinha o termo de qualificação técnica para prestar os serviços. Desde então a gente vem apurando e cobrando”, declarou.