Política
‘Enfrentamos presidente, ex-presidente e governador’, diz Salvaro sobre eleição
Pela primeira vez, Clésio falou publicamente sobre a vitória de Vaguinho para prefeito
Ainda que já estivesse fora da prisão no dia 6 de outubro, Clésio Salvaro (PSD) não pôde falar sobre a vitória de seu apoiado e sucessor para a Prefeitura de Criciúma, Vaguinho Espíndola (PSD), em função de uma série de cautelares. Com a queda das medidas, ocorrida nesta quinta-feira (31), surgem os primeiros comentários sobre a vitória nas urnas – incluindo o de que o seu partido teria enfrentado presidente, ex-presidente e governador para vencer o pleito.
“Eu não tinha a menor dúvida de que iríamos vencer as eleições. O sentimento de continuidade do eleitor criciumense estava presente em cada aperto de mão. Por onde eu passei, isso era notado”, disse o prefeito. “Penso que se não tivesse ocorrido esse lamentável episódio na minha vida e da cidade, o resultado seria ainda muito mais favorável”, completou, em entrevista à Rádio Cidade em Dia.
Salvaro foi figura marcada e influente nas primeiras semanas de campanha de Vaguinho. Estava em todas as ações políticas ao lado do candidato. Quando foi solto, às vésperas das eleições, também participou de atos e carreatas – mas sem poder se manifestar publicamente.
A vitória de Vaguinho ocorreu com 12 mil votos a mais do que o segundo candidato, Ricardo Guidi (PL). Segundo Salvaro, foi necessário superar candidatos apoiados por outros grandes líderes políticos para vencer o pleito.
“Enfrentamos o ex-presidente [Bolsonaro, que apoiou Guidi] que é idolatrado em Santa Catarina. Enfrentamos o próprio presidente [Lula], que teve seu candidato aqui [Arlindo]. Enfrentamos o governador do Estado [Jorginho Mello], que vinha mais de uma vez por semana em Criciúma. Enfrentamos o prefeito em exercício Ricardo Fabris, que não estava com o nosso candidato. Enfrentamos o PP e o MDB que, com o derretimento de seus candidatos, migraram seus votos para o 22”, declarou Clésio.