EUA prometem retaliação se Irã reagir a bombardeio

Em pronunciamento feito na madrugada deste domingo (22), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seus ataques a três instalações nucleares do Irã foram “um sucesso militar espetacular” e avisou: caso o país persista com uma retaliação, os EUA estarão prontos para novos bombardeios, “muito maiores e muito mais fáceis de executar”.

A ofensiva, realizada por bombardeiros B‑2 stealth e mísseis Tomahawk a partir de submarinos, atingiu usinas de enriquecimento em Fordow, Natanz e o Centro de Pesquisas de Isfahan. Trump destacou que a ação visa eliminar qualquer ameaça iminente ao poder nuclear americano e israelense. Ele ainda chamou o Irã de “valentão do Oriente Médio” e citou ataques anteriores contra soldados dos EUA.

Na esteira da tensão, a comunidade internacional reagiu. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar “gravemente alarmado” com a escalada e classificou os bombardeios como “uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”.

Além disso, o Iêmen — por meio de seus rebeldes houthis — ameaçou atacar embarcações norte-americanas no Mar Vermelho caso os EUA se envolvam diretamente no conflito. Já a Rússia e a China condenaram o ataque como ilegal, e dirigentes como Vladimir Putin pediram contenção.

O cenário se intensifica desde meados de junho. Em 13 de junho, Israel atacou o Irã, iniciando uma escalada militar que envolveu bombardeios e o uso de drones por ambos os países — até agora, mais de 90 pessoas morreram nesse confronto. Como contrapartida, o Irã lançou centenas de mísseis balísticos e drones contra alvos israelenses pouco depois.

A tensão continua elevada, com os EUA avaliando posicionar mais aeronaves B‑2 em Guam e reforçar a presença militar na região do Golfo. Trump estipulou prazo de duas semanas para o Irã se render – caso contrário, há risco de nova investida.