Greve dos Correios começa em Santa Catarina e mais sete estados

O movimento ocorre em meio à crise financeira enfrentada pela estatal, a impasses nas negociações trabalhistas e à ausência de um acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Eduardo Fogaça

Publicado em: 17 de dezembro de 2025

4 min.
Greve dos Correios começa em Santa Catarina e mais sete estados. Foto: Anna Luiza Siqueira

Greve dos Correios começa em Santa Catarina e mais sete estados. Foto: Anna Luiza Siqueira

A greve dos Correios entrou em vigor nesta quarta-feira (17), após sindicatos da categoria aprovarem, na terça-feira (16), uma paralisação por tempo indeterminado em oito estados brasileiros. O movimento ocorre em meio à crise financeira enfrentada pela estatal, a impasses nas negociações trabalhistas e à ausência de um acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A mobilização amplia a pressão sobre a direção da empresa e pode provocar atrasos na entrega de encomendas, correspondências e na prestação de serviços postais em regiões estratégicas do país.

Estados afetados pela greve dos Correios

Segundo os sindicatos que representam os trabalhadores, a paralisação foi aprovada no Ceará, Paraíba, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina

As entidades sindicais não descartam a adesão de outras bases nos próximos dias, o que pode ampliar o impacto da greve em nível nacional.

O que motivou a paralisação dos trabalhadores

De acordo com os representantes da categoria, a greve foi motivada principalmente pela falta de uma proposta econômica por parte da direção dos Correios e pelo risco de perda de direitos considerados históricos pelos trabalhadores.

Entre as principais reivindicações apresentadas estão:

  • Manutenção do adicional de férias de 70%
  • Pagamento em dobro para o trabalho realizado aos fins de semana
  • Criação de um vale-refeição ou alimentação no valor de R$ 2,5 mil, dividido em duas parcelas, apelidado de “vale-peru”
  • Preservação do plano de saúde dos funcionários
  • Melhoria das condições de trabalho e contratação de novos concursados

Os sindicatos afirmam que as mudanças defendidas pela empresa representam retirada de direitos e precarização das atividades, o que teria levado à decisão pela paralisação.

Negociação segue sem acordo

As negociações seguem sob análise do Tribunal Superior do Trabalho, mas até o momento não houve avanço que evitasse a deflagração da greve. Enquanto isso, consumidores e empresas que dependem dos serviços dos Correios devem enfrentar possíveis atrasos até que haja um entendimento entre as partes.

Em Tubarão

A reportagem do portal SCTODODIA entrou em contato com dirigentes sindicais do município mas, até o fechamento da matéria, não houve retorno.


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