A defesa do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, está trabalhando com o objetivo de tirá-lo da prisão. Salvaro foi preso na última terça-feira (03), acusado de envolvimento em fraudes no processo licitatório do serviço funerário em Criciúma. Uma central funerária seria instalada no bairro Milanese, e a administração municipal investiria sete milhões de reais no projeto, com recursos captados pelo edital.
Em entrevista ao programa Em Dia com a Cidade, da Rádio Cidade em Dia, o advogado de defesa de Clésio Salvaro, Dr. César Abreu, comentou o processo. “No nosso entendimento, houve uma precipitação por parte do Ministério Público. Se lermos a denúncia com atenção, perceberemos que parte dela é baseada em especulações e suposições. No que diz respeito ao Clésio Salvaro, não há nada de concreto que o vincule a qualquer ato ilícito”, explicou o advogado.
“Ele tem uma trajetória de vida, tanto pessoal quanto política, amplamente reconhecida em Criciúma. Clésio é uma pessoa que merece respeito e admiração. A prisão foi uma surpresa, principalmente porque a denúncia já havia sido apresentada e outros envolvidos já estavam presos. Não havia motivo que justificasse a prisão preventiva dele”, acrescentou Abreu.
Pedido de vistas para o processo de Salvaro
“A prisão preventiva é usada para garantir a ordem pública. No entanto, acredito que a decretação dessa prisão abala mais a ordem pública do que a situação anterior, com o prefeito em liberdade. Sob esse aspecto, não vejo motivos para sua prisão. Apresentamos ao tribunal um memorial defendendo a situação de Salvaro, apontando os equívocos da denúncia. O presidente da 5ª Câmara, desembargador Zoldan da Veiga, pediu vistas, e agora aguardamos. Acreditamos que até o dia 12 teremos uma solução favorável para a libertação do Clésio”, detalhou o advogado.
“O prefeito atua em muitas frentes, mas ele não pode estar presente em todas as questões da administração. No caso específico da Central Funerária, havia uma Secretaria de Assistência Social responsável pelo processo licitatório. Além disso, o próprio Tribunal de Contas e o Ministério Público exigiam a realização de uma nova licitação para o serviço funerário, que deveria ter prazo de cinco anos, conforme a lei, e não de um ano, como vinha sendo renovado”, explicou César.
Advogado afirma que não há fato novo para justificar prisão
“Não houve nenhum fato novo que justificasse a prisão do prefeito. Em relação aos outros envolvidos, eu não examinei a fundo, mas no caso do Clésio, não há nada concreto que comprometa sua integridade”, finalizou o advogado.