Política
Influência de Salvaro e transformação política: Vaguinho fala sobre vitória
Candidato do PSD fala sobre o momento mais difícil da campanha e a construção da candidatura
Quase 50% dos votos. Para ser mais exato, 49,33%. Foi essa a porcentagem que fez com que, neste domingo (06), Vaguinho Espíndola (PSD) fosse eleito prefeito de Criciúma. O resultado de uma campanha que começou relativamente tarde, no fim de abril de 2024, mas que terminou bem para o pessedista.
Em sua primeira entrevista após o resultado das eleições municipais, concedida na manhã desta segunda-feira à Rádio Cidade em Dia, Vaguinho passou a limpo o resultado da sua eleição, a influência de Clésio Salvaro (PSD) na vitória e a transformação política pela qual passou ao longo dos últimos meses.
O momento mais difícil da campanha
Segundo Vaguinho, a campanha foi marcada por momentos felizes. A prisão de Salvaro, no entanto, surgiu como um baque imediato – dada a influência do prefeito na campanha do candidato. Por fim, o impacto também resultou em atitudes que ajudaram o pessedista a crescer na disputa eleitoral.
“Sem dúvida o momento que nossa família, a família do prefeito, nossa coordenação e vereadores mais sentiram foi o episódio da prisão do prefeito. Mas foi naquele momento em que nos unimos e recarregamos todas as forças. Foi ali a maior provação de que precisávamos erguer nossa cabeça e seguir adiante”, declarou.
A transformação enquanto político
Vaguinho foi por muito tempo secretário Geral do governo Salvaro e, posteriormente, também coordenou a Secretaria da Fazenda. De maneira geral, nunca foi uma figura política dentro da gestão de Clésio – mas, sim, técnica. Por conta disso, teve que se transformar durante a campanha.
Até dezembro eu não tinha Instagram, absolutamente nada. Nunca fui aquele secretário e homem público que esteve nos holofotes ou que precisou aparecer nas fotos. Minha função na Prefeitura sempre foi muito administrativa, ajudando a cidade na busca de recursos. Foi no fim de dezembro que eu abri meu Instagram, estava em campanha de pré-candidato a vereador. A gente vem do improvável. Na primeira pesquisa interna tínhamos 1,5%. Foi uma crescente grande, em que a população começou a conhecer quem era o Vaguinho, sua história e entender a mensagem”, afirmou.
Essa transformação, de acordo com o prefeito eleito, também passou pela exigência de que ele pudesse “colocar a sua cara” na campanha. Apesar de ter tido o seu nome muito atrelado ao de Salvaro ao longo da candidatura, Vaguinho disse que desde o princípio trabalhou para construir a eleição com a sua própria digital.
“Desde quando foi dada a mim essa honrosa missão de suceder o prefeito [Clésio], pedi a ele e ao deputado Júlio Garcia [PSD] que a campanha tinha que ter a minha cara. Gostaria de levar para a campanha o Vaguinho, autêntico como ele é. Sou muito simples, uma pessoa de conversa fácil”, pontuou.