Política
João Rodrigues questiona Ulisses: “delegado ou cabo eleitoral?”
Prefeito de Chapecó ainda alfineta Jorginho Mello. Ulisses rebate e promete ações judiciais; confira
O prefeito de Chapecó e pré-candidato a governador de Santa Catarina (SC), João Rodrigues (PSD), disse que “Santa Catarina pode mais” e que “não manda recado por jornal”, ao se referir, respectivamente, ao atual governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e ao delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), Ulisses Gabriel. No programa Em Dia com a Cidade, da rádio Cidade em Dia, na manhã desta segunda-feira (27), ele alfinetou Jorginho e questionou o profissionalismo de Ulisses.
João Rodrigues afirmou que o atual governo estadual tem méritos, mas tem dificuldade de se impor como um governo de todos. Segundo ele, não há discussões do governo de SC com o governo federal sobre a conclusão das obras da BR-470 e da duplicação da BR-282. Ele também apontou a situação da saúde dos catarinenses como um “problema crônico” e que “não se tem uma luz no fim do túnel”.
Na visão do prefeito, Jorginho não se compara a Luiz Henrique da Silveira, ex-governador do estado. “São poucos os políticos que podem chegar ao nível dele, que sempre foi meu adversário” afirmou João Rodrigues ao dizer que o MDB nunca o apoio nas eleições municipais de Chapecó. “Para eu elogiar um adversário é porque há qualidade. E não só isso, qualquer um de Criciúma vai dizer que o Luiz não se compara a ninguém, nem mesmo do PSD”, completou.
Ao elogiar Luiz Henrique, o pré-candidato a governador ainda apontou que SC precisa ter novamente um líder estadista. “O estado precisa ter um governo que discuta menos política e fale mais de gestão, que se preocupe menos em lacrar nas redes sociais e se preocupe mais com os problemas dos catarinenses”, destacou.
Sobre Ulisses Gabriel, João Rodrigues o criticou por exercer a função de delegado, enquanto é “suplemente de deputado estadual e pré-candidato a deputado estadual”, alegando que Ulisses abusa de seu poder para perseguir os adversários. “Eu não posso deixar de apontar o comportamento isolado do CPF, do delegado geral Ulisses Gabriel, que participa de evento político, que mira seus adversários […] O que ele fazia no comício do PL? Estava lá como delegado ou como cabo eleitoral?”.
Em resposta aos comentários feitos no encontro entre líderes políticos em Itapema, o delegado geral encaminhou uma nota a rádio Cidade em Dia. Nela, ele esclarece que, em dois anos do Governo Jorginho, houve 73 operações da PCSC com ordens judiciais em 60 municípios no último ano e que envolveram inclusive agentes públicos que atuavam no governo estadual.
Ulisses também disse que “a PCSC tem autonomia para agir, de forma técnica e imparcial. Mas a atuação da polícia acaba nem sempre agradando a todos”. Ele ainda completou afirmando que irá “aforar ações criminais e cíveis por essas ilações injuriosas, difamatórias e caluniosas”.
Em contrapartida, João Rodrigues disse que “o delegado mistura a instituição [Polícia Civil], envolve a instituição para tentar se defender”. O pessedista apontou que “o assunto é entre ele e Ulisses e garantiu que acionou os meios legais para averiguar o comportamento e a maneira como o delegado atua. “A gente não manda recado por jornal, nem nota. A gente fala aquilo que é verdade, não acusa, não calúnia, não manda perseguir adversários”
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