Política
‘Não fui chamado para fazer campanha em Criciúma’, diz Eduardo Moreira
Ex-prefeito disse ter participado de ações pelo partido em outras várias regiões do estado
Ex-prefeito de Criciúma e ex-governador de Santa Catarina, Eduardo Moreira (MDB) disse que não foi chamado para participar da campanha do partido no município. A sigla esteve representada na disputa pela majoritária com a candidatura de Paulo Ferrarezi, mas acabou perdendo o pleito e fazendo apenas um vereador: Marcos Machado.
Moreira, que também já foi presidente do MDB em Criciúma e Santa Catarina, acredita que o partido passa por um momento “extremamente complicado” na cidade. Ele afirma que a sigla, que já foi uma das mais fortes do município no passado, administrando a Prefeitura e com maioria na Câmara de Vereadores, tem enfraquecido nas últimas eleições.
“Nós estamos fracos e isso não pode continuar, temos que reavaliar. Não quiseram que eu fosse fazer campanha. Me chamaram para fazer campanha do MDB no estado inteiro. Gravei no Oeste, na Serra, no Sul mesmo. Em Criciúma, nada”, disse o ex-prefeito, em entrevista à Rádio Cidade em Dia. “Eu acho que poderia ter participado mais. Desde a eleição passada se falava que os antigos não deveriam participar. Em 2020, quando o doutor Aníbal Dário foi o candidato do MDB, já haviam pedido para que nós não participássemos da eleição”, completou.
A executiva estadual do MDB, da qual Moreira faz parte, deverá se reunir ainda nesta semana para avaliar o resultado das eleições e tratar sobre alguns assuntos. Um desses pontos, inclusive, é a influência do governador Jorginho Mello (PL) e do próprio Partido Liberal na sigla em Santa Catarina.
“A gente não pode ficar atrelado a um Governo cujo governador trabalha exaustivamente contra nós. Temos que ter uma posição clara, o MDB catarinense. Nossa bancada na Assembleia Legislativa tem que ser mais crítica”, afirmou, projetando a participação do partido nas eleições de 2026.