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O que pensam os candidatos a prefeito de Criciúma sobre saúde?

Política
O que pensam os candidatos a prefeito de Criciúma sobre saúde?
Foto: Marco Búrigo / Rádio Cidade em Dia

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O que pensam os candidatos a prefeito de Criciúma sobre saúde?

Tema foi levantado durante o debate da rádio cidade em dia, nesta quinta-feira

Um dos temas sempre frequentes e latentes em discussões que antecedem as eleições, a saúde também foi pauta no debate da Rádio Cidade em Dia entre os candidatos à Prefeitura de Criciúma, realizado na manhã desta quinta-feira (08) na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). Mas o que exatamente pensam os candidatos de Criciúma sobre saúde?

A questão do Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC), que de tempos em tempos lida com um cenário de superlotação, o que obviamente interfere no atendimento às crianças, foi levantado. “O que fazer para fazer com que a unidade não fique superlotada”, questionou-se.

Júlio Kaminski (PP) disse que a saúde precisa ser uma prioridade em Criciúma. Ele alega, ainda, que o assunto não é prioritário ao Governo do Estado, ao menos com relação ao HMISC, visto que o governador Jorginho Mello (PL) “mal sabe onde fica” – se referindo a uma declaração do chefe do executivo estadual.

“Estamos dentro das reformas necessárias para saúde e precisamos dar destaque às unidades básicas que precisam fazer seu papel. Ao invés de atenderem, as UBS mandam as crianças para os hospitais, que são portas abertas e automaticamente possuem a obrigação de dar atenção. É por isso que, no caso do HMISC, 63% dos seus atendimentos poderiam ser resolvidos em uma UBS”, declarou.

Já Ferrarezi acredita que a solução para que o HMISC não sofra com momentos de superlotação é fazer com que as crianças sejam atendidas nas unidades de saúde, mas não apenas isso. “Vamos construir uma UPA pediátrica para contribuir ao atendimento dessas crianças. O HMISC, nós precisamos buscar ao governador recursos para ampliar aquele hospital. Não podemos segurar o hospital como está, sucateado, precisa melhorar e ampliar”, disse.

Ainda sobre o HMISC, Guidi foi perguntado por Vaguinho se, com a proximidade que tem com o Governo do Estado, por ser apoiado e do mesmo partido (PL) que o governador, irá fazer com que os recursos cheguem em definitivo ao Hospital Materno Infantil.

“Vamos fazer uma parceria para cuidar da saúde, construindo um pronto atendimento infantil. Hoje o maior problema de Santa Catarina é o pronto-socorro. Faremos o pronto atendimento infantil com pediatras e buscar sim recursos ao Governo do Estado”, disse.

CAPS III interditado e filas da saúde – o embate entre Ferrarezi e Vaguinho

Recentemente, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) III foi fechado pela Gerência Regional de Saúde (GERSA), que encontrou irregularidades no espaço e deu um prazo para que o município fizesse adequação. O tema foi levantado por Ferrarezi, que ainda citou o fato das filas de espera por atendimentos em saúde de especialidade terem chegado perto de 50 mil pessoas e, recentemente, caído para cerca de 15 mil. A partir disso, o emedebista questionou Vaguinho: o que fazer com a saúde? A pergunta rendeu uma breve discussão entre os candidatos.

“Estamos falando de saúde pública com responsabilidade. A responsabilidade primária, das unidades de saúde. Cirurgias de especialidade são daquele representado pelo Guidi, que é Estado, que não faz. O HMISC está deixando sim nossas famílias com suas crianças à mercê de espera, algo em torno de 9 mil. Estamos reduzindo isso com telemedicina, telessaúde, atendendo as pessoas com respeito. Nossas UPAS atendem mais de 3 mil crianças por mês e nossas unidades básicas, com 16 pediatras, mais de 1,3 mil. A saúde de Criciúma precisa ser melhorada, mas vamos reconhecer o que dá certo”, disse Vaguinho.
Ferrarezi, por sua vez, rebateu a resposta de Vaguinho – dizendo que ele deveria “pedir desculpa para a população carente dos bairros”. “O prefeito deixou de contratar angiologista por cinco anos, com pessoas morrendo na fila de espera. A saúde em Criciúma só se faz em ano eleitoral. Agora reduziu a fila. Você e o prefeito vão pedir desculpa pela saúde da nossa cidade”, declarou.

Os problemas do Hospital São José na visão de Guidi e Godinho

O Hospital São José, principal referência em saúde pública no sul de Santa Catarina, também foi tema abordado no debate. Godinho questionou Guidi sobre o que ele acha que é preciso fazer para melhorar a estrutura e atendimento da unidade. O candidato do PL citou uma emenda garantida por ele, enquanto deputado federal, que trocou as cadeiras de plásticos dos acompanhantes em quartos do SUS por poltronas estofadas e reclináveis. Além disso, reconheceu a necessidade de investir em equipamentos para o local.

“O hospital tem a nossa preocupação. Temos um olhar muito humano para o São José e trabalharemos lado-a-lado para melhorar cada vez mais o atendimento que o hospital presta para o sul do estado”, comentou Guidi.

Godinho, por sua vez, afirma que as poltronas garantidas por Guidi não estariam chegando onde deveriam. “Na emergência continua a mesma dificuldade, as pessoas sentadas na cadeira de plástico”, disse o candidato do Solidariedade, cobrando por mais fiscalização.

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