“O SUS é um baita programa. Só bota defeito quem é injusto”, diz Jorginho Mello

É sabido que a relação entre o presidente Lula e o governador Jorginho Mello não é das melhores. Tanto é que na mais recente visita de Lula a Santa Catarina, mais precisamente em Florianópolis, o governador Jorginho não se fez presente e enviou a vice no lugar. Atitude que resultou em crítica do presidente Lula ao governador.

Dessa forma, já não é tão difícil imaginar como está a relação entre os dois no sentido de cooperação para obtenção de verbas públicas da União para Santa Catarina. “O Diogo (secretário de Saúde do Estado) vai em Brasília direto, tenta falar com um e com outro que ele conhece para ver o que consegue, mas quando chega lá em cima (no Governo Federal) é difícil”, diz Jorginho Mello.

O governador conta que recentemente os estados do Piauí, Bahia e Maranhão receberam mais aporte financeiro para a Saúde, assim como outros estados que até não batem no teto orçamentário, enquanto Santa Catarina estoura o teto e não recebe o aporte necessário. “A gente faz a nossa parte, estamos investindo 1,5 bilhão a mais do que o exigido. Estamos aplicando 15,5% do orçamento. E a obrigação seria 12%. Eu tenho o maior interesse e preocupação com a saúde do povo catarinense”, destaca o governador.

No fim da conversa com as lideranças do hospital São José, em Criciúma, ele elogiou o Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS é um baita programa. Só bota defeito quem é injusto”, declara Jorginho Mello.

O SUS teve sua lei de criação regulamentada no dia 19 de setembro de 1990. Garantido no artigo 196 da Constituição Federal, o SUS é o único sistema de saúde pública do mundo que atende mais de 190 milhões de pessoas (80% delas) dependem, exclusivamente, dos serviços públicos para qualquer atendimento de saúde.