Política
PSDB e Podemos discutem fusão em Santa Catarina
PSDB e Podemos discutem fusão ou incorporação; Marcos Vieira detalha negociações e confirma pré-candidatura ao governo em 2026
O PSDB e o Podemos discutem possibilidades de união em nível nacional, com reflexos diretos em Santa Catarina. Além da fusão entre as siglas, também está em pauta a incorporação do Podemos pelo PSDB. Para detalhar o andamento das negociações, a Rádio Cidade em Dia ouviu o deputado estadual Marcos Vieira, presidente do PSDB catarinense, que participou de reuniões em Brasília nesta semana.
Vieira esclareceu os encaminhamentos e projeções para a união partidária no estado. “Participamos da reunião da Executiva Nacional e, num primeiro momento, trabalhamos sobre a fusão PSDB-Podemos, Podemos-PSDB. Mas também não está descartada a possibilidade de uma incorporação”, afirmou.
Apesar das alternativas, a fusão é hoje o cenário mais provável, com a possibilidade de, futuramente, o novo partido compor uma federação com o Solidariedade. “O momento atual, que vai desaguar no dia 5 de junho, data da convenção nacional do PSDB, é pela fusão. E depois fazer uma federação com o Solidariedade”, explicou.
Vieira demonstrou otimismo com os reflexos da união em Santa Catarina. “Esse novo partido, PSDB-Mais Podemos, terá boa musculatura. Passaremos a ter 16 prefeituras, mais de 40 vice-prefeitos, quase 300 vereadores e a quarta maior bancada na Assembleia Legislativa. Também seremos o terceiro maior partido em número de filiações no estado”, destacou.
Sobre o nome provisório PSDB-Mais Podemos e o número eleitoral, Vieira garantiu que o símbolo do Tucano será mantido. “Tanto faz o número do PSDB ou o do Podemos, a população saberá assimilar. Ambos são bem conhecidos”, avaliou.
A indefinição entre fusão ou incorporação levanta dúvidas sobre a janela partidária. Vieira explicou que, em caso de fusão, a janela se abriria para membros de ambos os partidos; já na incorporação, apenas para os filiados do partido incorporado. No entanto, qualquer efeito prático dependerá da tramitação na Justiça Eleitoral, prevista para ser concluída até setembro.
Outro ponto abordado foi a situação da deputada federal Geovania de Sá, que demonstrou preocupação com a formação das chapas para as eleições de 2026. Vieira disse esperar que ela permaneça no PSDB e garantiu que o partido está se articulando para montar chapas competitivas em todas as regiões, com objetivo de eleger de dois a três deputados federais.
Quanto à liderança da nova sigla nos estados, o deputado informou que não há definições no momento. “O principal é a decisão pelo caminho — fusão ou incorporação. Os detalhes serão tratados nos próximos 30 a 60 dias pelas executivas nacionais, das quais também faço parte”, pontuou.
Ao ser questionado sobre uma possível candidatura ao governo estadual em 2026, Marcos Vieira confirmou sua intenção. “Estou no quinto mandato de deputado estadual, não vou à reeleição. Já fui secretário de Estado, conheço a realidade do governo. Precisamos tirar o pé do freio e acelerar. Estou preparado para enfrentar esse desafio de uma candidatura ao governo de Santa Catarina”, afirmou.
No cenário nacional, o novo partido também projeta protagonismo nas eleições presidenciais. “É um compromisso da Executiva Nacional ter um candidato à Presidência. Agora, com a fusão com o Podemos, esse compromisso se fortalece. O PSDB precisa voltar a ser protagonista no Brasil”, concluiu Vieira.