Política
‘Se querem briga, vão ter briga’, diz Fabris sobre fiscalização das funerárias
Segundo prefeito, empresas foram resistentes à instalação de equipe para fiscalizar
A relação entre a Prefeitura de Criciúma e a Central Funerária passa por atritos. O prefeito interino, Ricardo Fabris, decidiu instalar uma equipe do município para fiscalizar in loco a prestação dos serviços, diante de todas as denúncias recebidas e apuradas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). As funerárias, no entanto, não teriam reagido bem à decisão de fiscalização.
Recentemente, uma equipe da Prefeitura foi enviada até a Central Funerária para se instalar no local e iniciar a fiscalização. Segundo Fabris, no entanto, as empresas teriam ficado reticentes com a ideia por conta do aluguel do imóvel, que é pago por elas.
“Eles reagiram de forma negativa, não aceitaram a instalação porque o local ali é alugado e eles pagam. O aluguel custa R$ 11 mil por mês, temos três meses de governo. Então pagamos o aluguel e nos instalamos lá. Se eles não derem sala para nós, vamos pagar o aluguel e nos instalamos lá. Se acham que são os donos do pedaço e que o contrato garante isso, teremos um novo contrato”, declarou Fabris em entrevista a Rádio Cidade em Dia.
De acordo com o prefeito interino, o município não irá abrir mão de ter uma equipe in loco para fiscalizar os serviços prestados pelas funerárias da Central. Caso as empresas continuem resistentes à ideia, a Prefeitura deverá romper o contrato existente.
“Se fizerem uma queda de braço, pode acabar num rompimento do contrato. Se eles acham que não vamos fiscalizar, que o contrato garante autofiscalização, estão equivocados. Vamos ali para resolver o problema”, disse. “Se querem briga, vão ter briga. Agora, eu não brigaria com a Prefeitura, porque tem o poder de romper o contrato independentemente da outorga de R$ 7 milhões. O que for possível para moralizar esse contrato, vamos fazer”, completou.
Na breve fiscalização realizada ainda nesta quarta-feira (25), segundo Fabris, foi verificado que os caixões e urnas que estavam expostos eram justamente os mais caros. O município deverá, então, colocar uma tabela do contrato “gigante” no local de atendimento, para que todos possam ter acesso.