Zé Trovão ouve categoria antes de possível paralisação
Deputado federal por SC afirma que decidirá mobilização dos caminhoneiros somente após diálogo com lideranças da base
O deputado federal catarinense Zé Trovão (PL-SC) afirmou que não vai promover qualquer paralisação de caminhoneiros sem antes consultar lideranças da categoria. A declaração foi feita após pressão por mobilização, em meio a uma reunião da oposição em Brasília na última segunda-feira (21).
Em suas redes sociais, Trovão declarou: “Muitas pessoas têm me pedido uma paralisação dos caminhoneiros, mas não decido nada sozinho. Após a reunião com a oposição, vou ouvir a classe caminhoneira. Se for preciso, irei junto para as estradas”.
Além disso, o parlamentar reforçou o apoio à categoria diante dos impactos das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros — uma medida que, segundo ele, afeta diretamente a atividade dos transportadores .
Contexto em Santa Catarina
Articulação local: Como representante da categoria e natural de SC, Zé Trovão busca legitimar qualquer paralisação incluindo sindicalistas e associações do estado.
Mobilização consciente: O objetivo é garantir que qualquer movimento tenha apoio real nas bases, evitando embates e prejuízos logísticos.
Reforço político: A mobilização aparece no contexto de críticas à atuação do STF e do atual governo, com possíveis impactos no transporte rodoviário catarinense.
O que observar adiante
Convocação de encontros com sindicatos e associações de caminhoneiros em Santa Catarina.
Eventual manifestação oficial da categoria, com cronograma definido e áreas afetadas.
Repercussão sobre preços de frete, abastecimento e logística no estado.
Última greve dos caminhoneiros em SC ocorreu em 2018
A última paralisação de caminhoneiros que causou impacto significativo em Santa Catarina ocorreu em maio e junho de 2018, quando o movimento nacional paralisou estradas do país por 11 dias, gerando bloqueios intensos e prejuízos substanciais ao estado.
Segundo sondagem da Fecomércio SC, 79% dos empresários relataram impacto direto na operação de seus negócios durante a greve. O setor registrou queda de até 32% no faturamento, especialmente em hotéis, atacados e supermercados. O prejuízo estimado para o comércio, serviços e turismo catarinense foi de aproximadamente R$ 350 milhões.
A paralisação afetou intensamente o abastecimento de combustíveis, alimentos perecíveis e gás, com diversas cidades enfrentando escassez por dias. Municípios do Sul, como Criciúma, Laguna e Imbituba, sofreram bloqueios que impediram a distribuição normal de combustível e mantimentos.