Funcionários de hospital de Criciúma aprovam indicativo de greve

Trabalhadores do Hospital Materno Infantil aprovaram indicativo de greve por descumprimento da Convenção Coletiva da categoria.

Joca Baggio

Publicado em: 9 de outubro de 2025

4 min.
Funcionários do Hospital Materno Infantil de Criciúma aprovam indicativo de greve - Foto: SES/Divulgação

Funcionários do Hospital Materno Infantil de Criciúma aprovam indicativo de greve - Foto: SES/Divulgação

Mais de 90% dos trabalhadores do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, aprovaram um indicativo de greve em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (9). A decisão foi motivada pelo descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) referente ao complemento do piso salarial dos técnicos de enfermagem.

Por enquanto, a paralisação ainda não tem data definida. A categoria, representada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde (Sindisaúde), decidiu reenviar um ofício ao Instituto Ideas, responsável pela gestão do hospital, na tentativa de abrir diálogo e encontrar uma solução antes de suspender os atendimentos.

Entenda o impasse

De acordo com o presidente do Sindisaúde, Cléber Ricardo da Silva Cândido, o problema está na forma como o reajuste foi aplicado.

“A Convenção Coletiva prevê que os reajustes dos técnicos de enfermagem devem ser pagos de forma separada, como abono, até que o Supremo Tribunal Federal decida de forma definitiva sobre o piso da enfermagem”, explicou o dirigente sindical.

Segundo ele, o hospital incorporou o reajuste ao salário base, o que acabou reduzindo o valor do complemento pago pelo Governo Federal.

“O piso nacional é de R$ 3.325,00, mas como houve reajuste na negociação coletiva de março deste ano, se esse reajuste for incorporado ao salário base, o repasse diminui. Foi o que aconteceu no Hospital Santa Catarina: o valor do complemento caiu de R$ 827,00 para R$ 525,00, gerando um prejuízo de quase R$ 300,00 mensais para cada trabalhador”, detalhou Cléber.

Os trabalhadores agora aguardam uma resposta do Instituto Ideas. Caso não haja acordo, o sindicato deve definir nos próximos dias a data para o início da greve.

O Sindisaúde reforçou que busca manter o diálogo aberto com a gestão para evitar a paralisação dos serviços, mas destaca que os profissionais estão decididos a lutar pelo cumprimento da Convenção Coletiva e pela valorização da categoria.


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