Criciúma
João Rodrigues alfineta Jorginho Mello: “Nunca apoiei PT, Dilma nem Lula”
Pré-candidato a governador em 2026 fala que é o único candidato verdadeiramente de direita
Por
Érik Borges
João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, oficializou sua intenção de concorrer ao cargo de governador de Santa Catarina nas eleições de 2026. Em uma declaração marcada por críticas ao atual governador, Rodrigues destacou sua trajetória política, reforçando sua identidade como um político de direita e seu compromisso com uma gestão eficiente e alinhada aos princípios conservadores.
“Eu sou muito mais de direita do que o atual governador, isso é histórico. Participei de dez eleições, sempre enfrentando o principal adversário à esquerda: o PT. Nunca apoiei Dilma, Lula ou qualquer governo do PT. Minha ideologia é completamente distinta”, afirmou Rodrigues, diferenciando-se de Jorginho Mello, que também reivindica o eleitorado de direita no estado, sendo do mesmo partido de Jair Bolsonaro (PL).
Críticas ao PL e ao histórico de alianças
Rodrigues também aproveitou para criticar o PL, partido de Jorginho Mello e que atualmente abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que o partido, no passado, esteve aliado ao governo do PT. “O PL foi vice de Lula por dois mandatos com José de Alencar, e o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, foi figura central no mensalão. Não dá para esquecer disso. Em Santa Catarina, temos dois candidatos: um de direita e outro temporariamente de direita. Eu sou direita, ele é temporariamente de direita”, dispara. Em 2012, como deputado federal, Jorginho Mello chegou a fazer parte da base de apoio de Dilma Rousseff.
A fala evidenciou o tom competitivo que deve marcar a disputa entre os dois líderes catarinenses. Enquanto Jorginho Mello busca consolidar sua base bolsonarista, João Rodrigues aposta em sua experiência administrativa e em um discurso de coerência ideológica.
Rodrigues também mencionou sua trajetória como prefeito de Chapecó, onde conquistou altos índices de aprovação, como nas últimas eleições municipais, quando obteve 83% dos votos. Ele destacou que seu foco será apresentar propostas concretas para o estado e criticou administrações que priorizam o embate político em detrimento da gestão.
“É sobre capacidade de gestão, realização, empatia e respeito pelas pessoas. Não basta ganhar a eleição; é preciso governar, resolver os problemas. Foi isso que fiz em Chapecó, e é isso que quero fazer por Santa Catarina”, pontua.