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Prefeitura de Criciúma sob pressão: Câmara exige suspensão de contratos da Central Funerária

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Caso Revela Como Funcionava O Esquema Das Funerarias Em Criciuma
Foto: Divulgação

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Prefeitura de Criciúma sob pressão: Câmara exige suspensão de contratos da Central Funerária

“É o lobo cuidando do cordeiro”, diz empresário sobre Central Funerária

A gestão da Central Funerária de Criciúma está no centro das atenções após denúncias e investigações que culminaram na Operação Caronte, envolvendo o prefeito Clésio Salvaro e outros acusados, agora réus no processo. O caso levanta suspeitas sobre a licitação e o funcionamento da Central, gerando fortes críticas e exigências por parte da Câmara de Vereadores e da sociedade civil.

Na última semana, a Câmara aprovou requerimentos apresentados pelo vereador Zairo Casagrande, solicitando à Prefeitura a abertura de uma sindicância para apurar a conduta de servidores envolvidos e a suspensão dos contratos das funerárias que operam na Central. A Prefeitura tem até quarta-feira para se manifestar, mas há ceticismo quanto ao cumprimento desse prazo.

Irregularidades no processo licitatório

De acordo com Paulo Reichle, empresário do setor funerário e parceiro do Grupo Millennium, as irregularidades no processo de licitação são gritantes. Em entrevista recente, ele afirmou que o edital teria sido manipulado, favorecendo empresas específicas antes mesmo de sua publicação oficial. “Os funcionários da Central Funerária são diretamente vinculados às funerárias. É como o lobo cuidando do cordeiro: eles fiscalizam a si mesmos, criando um conflito de interesses evidente”, diz Reichle.

Essas alegações ganharam força com as investigações conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que já resultaram na prisão temporária do prefeito Salvaro e na revelação de indícios de irregularidades graves.

Reclamações constantes e impacto na população

Além das suspeitas de corrupção, a operação da Central Funerária segue gerando queixas da população. Reichlin relatou que as reclamações são recorrentes, reforçando que a falta de controle público efetivo prejudica diretamente as famílias em momentos de luto.

“Por mais que alguns profissionais da Prefeitura tentem minimizar os danos, o sistema é falho e injusto. É uma questão de tempo para que os contratos das funerárias sejam suspensos, principalmente considerando que a Câmara, representante do povo, aprovou isso por unanimidade”, afirmou o empresário.

Caminhos para solução

A expectativa recai agora sobre a resposta da Prefeitura, que pode optar por acatar as exigências da Câmara e tomar medidas corretivas. Caso contrário, é provável que o caso continue se desdobrando nos tribunais e na esfera política, aumentando a pressão sobre a administração municipal.

Para muitos, a suspensão imediata dos contratos das funerárias e a reestruturação da Central Funerária são passos fundamentais para restaurar a confiança da população e garantir a dignidade no atendimento às famílias enlutadas.

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