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Trabalhadores protestam no bairro Santa Luzia, em Criciúma, contra a escala 6×1

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Foto: Reprodução redes sociais

Criciúma

Trabalhadores protestam no bairro Santa Luzia, em Criciúma, contra a escala 6×1

Com uma mobilização crescente em cidades de todo o país, o tema promete ganhar ainda mais visibilidade

Na tarde desta sexta-feira (15), o bairro Santa Luzia, em Criciúma, foi palco de mais uma manifestação pelo fim da escala de trabalho 6×1. O ato reuniu diversas organizações políticas, movimentos sociais e trabalhadores que reivindicam a redução da jornada de trabalho no Brasil. A ação faz parte de uma agenda nacional que tem ganhado força em diferentes estados, com a proposta de garantir melhores condições de trabalho e qualidade de vida aos trabalhadores.

A mobilização foi organizada em torno de uma pauta única: o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da deputada Érika Hilton (PSOL-SC), que visa proibir a escala 6×1 e instituir jornadas de trabalho mais curtas. Durante o ato, os manifestantes entregaram panfletos informativos e dialogaram com trabalhadores e consumidores do comércio local.

Receptividade e engajamento

De acordo com Mariana Sartor, que foi candidata a vice-prefeita pelo Psol, na chapa de Arlindo Rocha (PT) em Criciúma na última eleição e que também é uma das participantes do movimento que pede o fim da escala 6×1, a recepção dos trabalhadores no bairro foi positiva. “Fomos bem recebidos pelos trabalhadores do comércio de Santa Luzia, com várias manifestações de apoio. Muitas pessoas compartilharam relatos sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia devido à escalada exaustiva e demonstrando esperança na possibilidade de mudança”, destaca Mariana.

Além de levantar a questão da jornada de trabalho, os manifestantes enfatizaram a importância de ampliar o debate público sobre o tema. “É preciso que as pessoas saibam que existe uma possibilidade real de acabar com a escala 6×1 através da luta política. Trabalhadoras e trabalhadores no Brasil podem e devem ter mais dignidade, para que tenham tempo de qualidade além do trabalho”, afirma Mariana.

Próximos passos

Os organizadores anunciaram que esta foi apenas a primeira de muitas mobilizações previstas para Criciúma. A agenda inclui novos atos e panfletagens em outras regiões da cidade, com o objetivo de ampliar o alcance da campanha e conquistar mais apoiadores.

A proposta da PEC reflete um movimento liderado principalmente por partidos e organizações de esquerda, que buscam dialogar diretamente com os trabalhadores e a sociedade civil para construir um consenso em torno da necessidade de mudanças no regime de trabalho.

Contexto nacional

O movimento contra a escala 6×1 ocorre em meio a um debate mais amplo sobre uma jornada de trabalho no Brasil. A pauta ganhou fôlego nos últimos anos, impulsionada por demandas de maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, além de preocupações com a saúde física e mental dos trabalhadores.

Com uma mobilização crescente em cidades de todo o país, o tema promete ganhar ainda mais visibilidade nos próximos meses, enquanto os trabalhadores de Criciúma e de outras localidades seguem organizando atos e reivindicando mudanças estruturais no mundo do trabalho.

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