Criciúma
Vereador Zairo cobra sindicância e afastamento de empresas envolvidas em escândalo das funerárias
Casagrande ressaltou a gravidade das denúncias feitas pelo Ministério Público
O vereador Zairo Casagrande levantou a questão do escândalo envolvendo as funerárias do município, que já havia sido discutido anteriormente na Câmara de Vereadores. Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, o parlamentar destacou dois dos três requerimentos que apresentou e que serão apresentados novamente na pauta para votação. As propostas fecharam que a Prefeitura de Criciúma abra uma sindicância interna para investigar o caso e afaste temporariamente as empresas envolvidas no escândalo, até que os fatos sejam devidamente apurados.
Casagrande ressaltou a gravidade das denúncias feitas pelo Ministério Público, que resultaram num processo de 15 mil páginas e envolveram a prisão de 17 pessoas. O vereador criticou a falta de ação da administração municipal em relação ao caso, afirmando que a população de Criciúma não pode aceitar que tudo seja “empurrado para debaixo do tapete”. Para ele, é essencial que uma sindicância seja instaurada e que todos os envolvidos sejam afastados de suas funções, sem prejuízo, até que a verdade seja revelada.
“Qualquer desvio de conduta dentro da prefeitura, por menor que seja, é normal abrir uma sindicância e fazer a purificação dos fatos. Agora, diante de um processo desse tamanho, com 15 mil páginas, que durou dois anos, com 17 presos, não é possível que nada seja feito”, declara o vereador.
Afastamento de empresas e auditorias
Um dos requisitos apresentados por Casagrande também pede o afastamento temporário das empresas funerárias envolvido no escândalo. Segundo o vereador, é “incomum e inaceitável” que um serviço público tão relevante, e que está no centro de uma denúncia tão grave, continue operando normalmente sem qualquer intervenção. Ele sugere que a Prefeitura reassuma temporariamente a gestão do serviço funerário, realize uma auditoria profunda e, se for constatado que houve desvios ou extorsões, que as vítimas sejam indenizadas.
Casagrande enfatizou que a denúncia manchou a imagem da administração pública municipal e que é necessário que medidas sejam tomadas para restaurar a confiança da população. “Não é normal, não é natural empurrar isso para debaixo do tapete como está sendo feito pelo Paço Municipal”, afirma Casagrande.