Florianópolis
“Falso médico” em SC: acusado alega ser vítima de fraude com diploma inválido
Guilherme Cordeiro afirma que pretende processar o CRM-SC por danos morais; órgão reforça fiscalização contra fraudes
Guilherme Cordeiro Souza Santos, de 41 anos, foi detido na última quinta-feira (16) sob acusação de ser um “falso médico” pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC). Segundo o órgão, ele apresentou documentos falsificados para obter registro profissional.
Apesar da soltura após audiência de custódia, Guilherme segue se defendendo publicamente. Ele alega ter sido enganado durante a revalidação de seu diploma, obtido no Paraguai, e diz que tomará medidas legais contra o CRM-SC. “Sou médico formado no Paraguai. Fui vítima de uma revalidação de diploma incorreta”, declarou.
O CRM-SC, no entanto, afirma que os documentos apresentados pelo acusado não têm validade, destacando que a instituição indicada como responsável pela revalidação, no Rio de Janeiro, não está credenciada para tal procedimento. O presidente do CRM-SC, Marcelo Lemos dos Reis, enfatizou a importância da fiscalização rigorosa para proteger a população.
Atuação polêmica e vida pública
Residente em Itapema, Guilherme se apresenta nas redes sociais como médico, consultor imobiliário e criador de conteúdo. Ele também participa do movimento religioso “Legendários”. Em suas postagens, costuma compartilhar mensagens devocionais e opiniões.
Sua esposa, Patricia Cordeiro, também se apresenta como médica, mas não possui registro no Conselho Federal de Medicina (CFM). O caso levanta alerta para a importância de verificar a habilitação de profissionais de saúde em clínicas e hospitais.
Ação policial e próximos passos
A prisão foi efetuada após o CRM-SC identificar irregularidades nos documentos do acusado e receber confirmação da falsificação pela instituição citada. Guilherme deve responder criminalmente pela tentativa de exercer a medicina de forma ilegal. Enquanto isso, sua defesa insiste que ele possui formação legítima e aguarda o desfecho do caso.
O CRM-SC reforçou que denúncias de práticas irregulares podem ser feitas diretamente no site do conselho.