Greve da educação pode voltar na primeira quinzena de setembro

Na tarde desta quinta-feira (29), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) esteve presente no Centro Administrativo do Governo do Estado para uma Audiência de Negociação. A reunião tinha como objetivo receber do Governo do Estado as minutas de projetos de lei que tratam das pautas da categoria. A apresentação dos projetos de lei não ocorreu como acordado, porém, o Governo do Estado se comprometeu a enviar os três documentos diretamente para a ALESC na próxima semana, até o dia 6 de setembro.

A audiência, que estava marcada há dias, foi conduzida apenas pelo secretário de administração, Vânio Boing, sem a participação da Secretaria da Educação, como indicado anteriormente. Segundo o coordenador do Sinte-SC, Evandro Accadrolli, a ausência da Secretaria da Educação reflete a falta de prioridade dada à educação pública pelo Governo Jorginho Mello.

“Apesar das dificuldades, conseguimos dar dois encaminhamentos importantes, como o envio do projeto do Vale Alimentação para votação na Assembleia Legislativa, que deve ser aprovado e pago em setembro. Além disso, o secretário se comprometeu a enviar, até o dia 6 de setembro, o projeto de reajuste salarial e o abono das faltas de paralisações e assembleias. Caso o Governo não cumpra com o compromisso de enviar e aprovar os projetos no dia 11, a assembleia poderá deliberar o retorno imediato da greve”, explicou Accadrolli.

O Sinte-SC alerta que a persistência do Governo de Santa Catarina em não priorizar a educação pública poderá levar a um novo período de greve, a ser debatido na assembleia do dia 11. “O governo precisa demonstrar, com ações concretas e imediatas, que está disposto a reverter esse cenário de descaso e investir naquilo que deveria ser uma de suas principais prioridades: a educação. Há de se destacar que a ausência do Secretário da Educação na audiência evidencia a falta de compromisso do Governo de Santa Catarina com a educação pública, que no último Ideb ficou longe de atingir as metas estipuladas e ocupou a 16ª posição no ranking do ensino médio. Nos próximos dias, seguiremos firmes na convocação de nossa assembleia e na pressão sobre o Governo Jorginho Mello”, finaliza o coordenador do Sinte-SC.