Prefeitura contrata estudo de R$ 1 milhão para futuro do CentroSul
Secretaria de Desenvolvimento de Florianópolis lança processo para definir destino do Centro de Convenções
O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Florianópolis, Juliano Pires, confirmou nesta semana a contratação, por cerca de R$ 1 milhão, de um instituto especializado para elaborar diagnóstico e plano de revitalização do CentroSul — Centro de Convenções da capital catarinense.
A proposta visa entender desafios estruturais, deficiências em serviços e potencial de uso comercial, cultural e turístico, abrindo perspectivas para redefinir o papel do equipamento no entorno da Beira-Mar Norte.
O diagnóstico será embasado por estudos técnicos e mapeamento de usos atuais (eventos, ocupação, fluxo de pessoas). A partir dele, estudos apontarão soluções para modernização, possíveis parcerias com o setor privado, usos alternativos e integração com a orla marítima.
Em consulta a dados da Secretaria Municipal de Turismo, o CentroSul recebeu em 2024 cerca de 120 eventos, com taxa de ocupação de 55 %, segundo relatório interno — mas não houve estimativa de impacto direto no PIB local. Por sua vez, a Secretaria de Turismo de SC registrou que Florianópolis foi responsável por 18 % do movimento turístico estadual naquele ano.
Contexto catarinense
Espaços multiuso similares, como o Centro de Eventos de Balneário Camboriú, apontam para modelos que misturam feiras, congressos, shows e exposições, aumentando receita e ocupação durante o ano inteiro. Segundo a Federação Catarinense de Turismo, a diversificação é “essencial para superar sazonalidade e atrair eventos de negócios e entretenimento”. Inclui-se nesse cenário o Porto de Imbituba, que vem apostando em eventos marítimos e tem desenvolvido rede de atração turística para reforçar economia regional.
Orçamento e prazos
O contrato com o instituto será efetivado até agosto. O estudo técnico deve ser concluído até março de 2026, com entrega de cenários estratégicos — que podem envolver PPP (parceria público‑privada), concessão ou gestão pública modernizada. Eventuais medidas estruturais só deverão sair do papel a partir de 2027.
