Criciúma
Extrema direita avança na América do Sul
Ao mesmo tempo, movimentos sociais, lideranças democráticas e novas formas de organização popular tentam resistir e disputar os rumos da política na região

A extrema direita tem ganhado força na América do Sul, impulsionada por crises econômicas, desinformação nas redes sociais, discursos religiosos e descrédito nas instituições democráticas.
No Brasil, mesmo após a saída de Bolsonaro do poder, o bolsonarismo segue influente, com novos nomes emergindo no Congresso e nas redes. A agenda continua focada em armamento, escola sem partido e ataques ao STF.
Na Argentina, Javier Milei levou a extrema direita ao poder com um discurso ultraliberal. Seus embates públicos, cortes econômicos e ataques à imprensa marcam um governo polarizador.
O Paraguai mantém uma direita tradicional, mas cada vez mais flertando com pautas radicais — impulsionadas por setores evangélicos e ruralistas, com foco em temas morais e nacionalistas.
Na Venezuela, a extrema direita cresce no exílio, com discursos mais agressivos contra o chavismo. Internamente, Maduro usa essa retórica para justificar repressões, alimentando ainda mais a polarização.
Apesar das diferenças locais, esses países compartilham fatores comuns: uso intenso de redes sociais para mobilização, discurso religioso como ferramenta política, e rejeição às instituições tradicionais.
Ao mesmo tempo, movimentos sociais, lideranças democráticas e novas formas de organização popular tentam resistir e disputar os rumos da política na região.