Nesta sexta-feira (6), a a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) emitiu uma nota oficial repudiando a indicação da deputada federal Júlia Zanatta à presidência da da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade de Expressão.
Dentre os motivos, destaca-se a quantidade de processos movidos pela parlamentar contra os profissionais de comunicação. As entidades ainda classificam a indicação com um deboche às instituições e classificam como um risco ao exercício do jornalismo e da liberdade de expressão.
Confira a nota na íntegra:
“A parlamentar é contumaz praticante de assédio jurídico contra jornalistas, o que a desabilita moralmente a ocupar a posição.
Segundo o Monitor de Assédio Judicial Contra Jornalistas da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – Abraji, Júlia Zanatta já moveu 12 processos visando intimidar jornalistas, figurando como a 5ª colocada no ranking das personalidades que mais investem contra o trabalho jornalístico, ou seja CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO. Mas o levantamento da Abraji não contempla os processos mais recentes que não vieram a público, de forma que o número é maior efetivamente.
A indicação de Zanatta a tal posição soa como deboche às instituições democráticas e é, evidentemente, um risco ao exercício do jornalismo e à liberdade de expressão em si. Não é possível que uma pessoa que milita no assédio judicial venha a exercer função tão relevante. Qualquer metáfora cansada como “raposa cuidando galinheiro” dá conta de explicar a situação.
Desta forma, as entidades abaixo assinadas se manifestam para sensibilizar deputados e deputadas para que revertam essa situação que macula a imagem e a seriedade da Casa Legislativa”.