Focos da dengue disparam no Sul de Santa Catarina

Mesmo com a chegada das temperaturas mais baixas, o mosquito Aedes aegypti continua se espalhando com força pelo Sul de Santa Catarina. Levantamento mais recente mostra que os focos do transmissor da dengue ultrapassaram os 851 registros apenas em quatro municípios da região — Tubarão, Braço do Norte, Capivari de Baixo e Laguna —, gerando preocupação entre autoridades de saúde.

Tubarão lidera o ranking com 607 focos, de acordo com a última atualização do Núcleo de Combate a Endemias da Vigilância Sanitária Municipal. O bairro Oficinas concentra a maior parte dos registros (170), seguido pelo Centro (92), Vila Esperança (79) e Santo Antônio de Pádua (58). Ao todo, já foram notificadas 138 suspeitas da doença, com nove casos confirmados e todos autóctones — ou seja, com transmissão dentro do município.

Em Braço do Norte, 182 focos foram identificados e dois casos de dengue confirmados até o momento. A prefeitura declarou estado de alerta e reforçou as ações de prevenção e fiscalização.

Capivari de Baixo também segue em monitoramento, com 22 focos confirmados em 2025, conforme boletim divulgado pelo governo municipal. Já em Laguna, foram registrados 40 focos do mosquito, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

A Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina destaca que, embora o frio reduza a atividade do mosquito, não a elimina. O Aedes aegypti pode sobreviver em ambientes internos, abrigado em locais com água parada e temperaturas mais amenas, como caixas d’água, vasos de plantas e calhas.

A Secretaria Estadual de Saúde reforça que o combate ao mosquito é uma responsabilidade coletiva. Ações simples como tampar caixas d’água, limpar calhas, eliminar objetos que acumulam água e manter ralos cobertos fazem grande diferença para evitar surtos da doença.

O alerta permanece: a dengue é um risco real, mesmo fora do verão. A prevenção depende de todos.