Siga nas redes
SCTODODIA

SCTODODIA

Produtores de SC sofrem com crise do arroz em 2025

Economia
Produtores De SC Sofrem Com Crise Do Arroz Em 2025 1 Scaled
Banco de Imagens

Produtores de SC sofrem com crise do arroz em 2025

Em entrevista ao Hora da Cidade, Valmir Rampinelli cobrou medidas do governo e anunciou campanha nacional

O setor arrozeiro catarinense enfrenta uma crise sem precedentes. O preço da saca de arroz em casca, que chegou a R$ 120 no início da safra, caiu para cerca de R$ 60, valor insuficiente para cobrir os custos de produção. A situação preocupa produtores em todo o estado e já impacta a economia de municípios do Sul, como Meleiro, Forquilhinha, Turvo e Tubarão.

Em entrevista concedida ao jornalista Ronaldo Sant’Anna, no programa Hora da Cidade – Rádio Cidade Tubarão, o presidente do CIND Arroz de Santa Catarina, Valmir Rampinelli, explicou que a forte queda no preço se deve ao excesso de oferta interna e às oscilações do mercado internacional. Ele criticou a ausência de estoques reguladores por parte do governo federal, que, segundo ele, prioriza manter a cesta básica barata em detrimento da sustentabilidade dos produtores.

Rampinelli apresentou três alternativas para amenizar os efeitos da crise: ampliar exportações, pressionar o governo para aumentar a retirada de estoques do mercado e lançar uma campanha nacional de valorização do consumo de arroz, programada para setembro. A iniciativa deve destacar os benefícios nutricionais do grão e buscar maior adesão entre os jovens, cada vez mais inclinados ao consumo de fast food.

O dirigente alertou ainda que a queda de preços já compromete investimentos em maquinário e irrigação, essenciais para a manutenção da produção. “Hoje o agricultor vende a saca a R$ 60, mas tem custo de R$ 70 ou R$ 75. Muitos estão pegando recursos do leite ou do gado para cobrir prejuízos no arroz”, disse.

Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Dados da Epagri/Cepa mostram que, em 2024, a safra estadual chegou a 1,2 milhão de toneladas. A crise, porém, ameaça a próxima colheita e pode desestruturar a economia de diversas regiões catarinenses.

QUER SUGERIR UMA NOTICIA
Continue lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo