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SC tem mais de 91 mil pessoas com diagnóstico de autismo

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SC tem mais de 91 mil pessoas com diagnóstico de autismo

Imbituba e Laguna estão entre os municípios com maior percentual de moradores com TEA; dados fortalecem demanda por políticas públicas

TUBARAO

Santa Catarina soma mais de 91 mil pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com levantamento apresentado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total de catarinenses com o diagnóstico, 25% têm até nove anos de idade, o que reforça a urgência de políticas públicas específicas para a infância.

A informação foi divulgada durante reunião da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Pessoas com TEA da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com participação do superintendente do IBGE no estado, Roberto Kern Gomes. Segundo ele, os dados são fundamentais para orientar ações assertivas nas áreas da saúde, educação e assistência social.

Destaque para municípios da Amurel

Entre os municípios catarinenses com maior percentual de moradores com autismo em relação à população total, dois da região da Amurel aparecem na lista: Imbituba (8ª colocada, com 1,8%) e Laguna (17ª, com 1,6%). O índice é superior à média estadual e coloca a região em posição de alerta quanto à necessidade de ampliar o atendimento e as estruturas especializadas.

Para o deputado estadual Pepê Collaço, coordenador da frente parlamentar, a falta de dados detalhados dificultava a implementação de políticas públicas. “Queremos que as ações tenham efetividade, e para isso precisamos de informações mais precisas. Com esse mapeamento, os municípios e o estado poderão planejar melhor as ações que chegam até as famílias”, destacou.

Caminhos para aprimorar o monitoramento

Além da iniciativa da Alesc, a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) está desenvolvendo um sistema para aprimorar a coleta de dados sobre o TEA em Santa Catarina. Segundo a entidade, o protótipo da plataforma está em fase de testes e visa compilar informações mais completas sobre diagnósticos, rede de apoio e serviços disponíveis nos municípios.

A construção do sistema poderá integrar bases de dados estaduais e municipais, permitindo maior controle social e transparência nas políticas voltadas à população com autismo. A expectativa é que a tecnologia também facilite o acesso das famílias aos serviços, evitando desencontros de informação ou exclusão de beneficiários.

Próximos passos

Com a divulgação dos dados pelo IBGE e a movimentação do parlamento estadual, o foco agora está em garantir que o diagnóstico leve à ação. Representantes da área da educação, saúde e assistência social já articulam medidas intersetoriais para atender a essa crescente demanda.

Santa Catarina é um dos estados que mais investe em educação especial, mas ainda enfrenta desafios na inclusão efetiva, na formação de professores e no atendimento em tempo integral para pessoas com autismo, especialmente nas pequenas cidades.

A construção de políticas públicas baseadas em dados reais é apontada por especialistas como o caminho para garantir equidade no acesso aos direitos e qualidade de vida para as pessoas com TEA e suas famílias.

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